O procurador militar decidiu que o suspeito vai aguardar os passos ulteriores em casa. Numa conversa telefónica, o porta-voz da Polícia Nacional em Benguela, inspector-chefe Ernesto Tchiwale, confirma o que as fontes deste jornal avançaram relativamente à soltura do comandante municipal interino de Benguela , ao lembrar que o processo está sob alçada de um «magisistrado judiciário militar. “Ele já está solto», acrescenta.
Saliente-se que o comandante municipal em exercício de Benguela, Anacleto Magalhães, tinha sido detido, no dia 22 deste mês, por alegada guarida a cidadãos chineses que se dedicam à actividade de mineração criptomoedas, uma prática proibida por lei, como sustentou o porta-voz da Polícia Nacional.
Informações colhidas por este jornal apontavam para o facto de ele ter municiado os chineses proprietários de um imóvel de que a Polícia se faria no local, onde a actividade de mineração e criptomoedas decorrem, o que permitiu a fuga deles, quando os agentes os pretendiam flagrar.
Na hora da confirmação da detenção, o porta-voz da Polícia Nacional não se referiu especificamente a este dado, limitou-se, desta feita, a justificar que a acção do oficial levantou suspeita.
“Diante dessa situação, sua excelência comissário Aristófanes dos Santos Vila Cardoso dos Santos, delgado do MININT e comandante provincial da Polícia Nacional em Benguela, por sua ordem e por dever de cautela, mandou, imediatamente, deter o oficial em questão, no sentido de se evitarem perturbações no inquérito que já está em curso”, sustenta Ernesto Tchiwale.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela