O projecto enquadra-se nas tecnologias inovadoras do Ministério da Energia e Águas (MINEA), já que o dirigente disse tratar-se de telemetria
O secretário de Estado das Águas, António Belsa da Costa, garantiu recentemente que, através do projecto pró-água, sempre que houver algum acto de vandalismo na conduta, o operador que estiver na sala de controlo vai receber um alarme.
“Porque vai diminuir a pressão na rede, o que possibilitará o técnico aperceber-se e comunicar a equipa de piquete, para se dirigir ao ponto alarmado”, gabou-se o dirigente, tendo sublinhado que, com isso, a possibilidade de apanhar, em flagrante, os autores torna-se maior.
Referiu que o projecto já está aprovado, estando à espera apenas de pagamento, e terá a duração de três anos, de acordo com o secretário de Estado, que adiantou que o mesmo se vai efectivar em toda cidade de Luanda.
António Belsa da Costa acredita que essa tecnologia inovadora vai diminuir consideravelmente o desperdício de água, facilitando que as empresas possam facturar mais.
Ele reconheceu que tem havido envolvimento de alguns trabalhadores do sector, o que preocupa os líderes da sua instituição, mas assegurou que sempre que identificarem alguém com provas, depois de se cumprir com os procedimentos disciplinares, serão despedidos.
António Belsa da Costa entende também que, em muitos casos, se trata de funcionários de empresa que prestaram serviço às Águas. Considerou ainda o desperdício de água como um problema de consciência, que precisa da intervenção de todos, principalmente das escolas, onde as crianças devem já levar essa mensagem do gasto desnecessário como inadequado e prejudicial.
Assegurada qualidade da água
Ao responder o evocado problema sobre a má qualidade da água, o secretário de Estado das águas asseverou que o líquido que fornecem, diariamente à população, tem a qualidade recomendada internacionalmente.
“Dizer que a água que estamos a distribuir tem a qualidade que respeita as regras da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo que desafio a contactarem a direcção de qualida- de de água da Empresa Provincial de Água de Luanda (EPAL), para mais detalhes”, disse o dirigente, no CIAM, a responder os jornalistas.
António Belsa da Costa realçou que a sua equipa de trabalho tem a obrigação diária de fazer a colecta da água, à saída das estações de tratamento (ETA) e, no último ponto, o mais distante, a fim de se apurar se os níveis de cloro estão dentro daquilo que é expectável.
“Nós acompanhamos e somos obrigados a pedir que os técnicos nos mandem o mapa da qualidade de água dos resultados que eles tiveram durante o dia”, reforçou.
Segundo ele, se a água não tivesse qualidade, haveria logo um surto de cólera, conforme já aconteceu, há algum tempo, em Luanda, quando a referida situação ceifou a vida de muitas pessoas.
Dificuldade na aquisição de químicos
António Belsa da Costa informou que existe a preocupação de se ter produtos químicos para cumprir com os procedimentos de tratamento de água. Nesse diapasão, o secretário de Estado das águas reconheceu que a sua instituição tem enfrentado alguns constrangimentos para ter esses produtos, a partir do estrangeiro.
“Mas, felizmente, as empresas são todas públicas e entre elas têm a solidariedade. Se alguma não receber, a tempo, a outra cede, tendo a reposição tão logo a empresa solicitante tenha o seu quite, elogiou. Relativamente aos indicadores, recordou que a apresentação pública do seu ministério possui aferir esses dados.
Quanto à expansão dos processos de saneamento, referiu que, ultimamente, todas as centralidades que estão a ser construídas, bem como os novos hospitais, já têm uma Estação de Tratamento de Águas (ETAR). De modo a evitar-se descartar a água em condições de perigo à saúde pública.