A Polícia Nacional de Angola (PNA) está a levar a cabo uma campanha de recolha coerciva de armas de guerra às empresas privadas de segurança (EPS) e sistemas de autoprotecção (SAP), com o objectivo de levar as empresas desse sector a substituí- las pelas armas legalmente estabelecidas. A província de Cabinda tem 100% das armas recolhidas e a de Luanda é vista como a mais atrasada neste processo
Dados preliminares de pré-balanço da operação, apontam para recolha em todo o território nacional um total de 11.590 armas de guerra, sendo 9.424 recolhidas coercivamente e 2.166 entregues de forma voluntária.
Foram ainda recolhidos 9.377 carregadores e 53.174 munições, que se encontravam em posse das empresas privadas de segurança e sistema de autoprotecção; Quanto aos modelos de armas de guerra recolhidas, constam 9.408 AKM, duas PKM, duas Galili, uma Mini uzi, seis Pistolas e três Caçadeiras.
De acordo com o porta-voz, subcomissário Mateus Rodrigues, em relação ao controlo estatístico da recolha por território, destacam-se as províncias de Cabinda, com 100% das armas de guerra recolhidas, Zaire, com 1 % por recolher, Moxico, com 8% por recolher, Cunene, com 12% por recolher, Bié, com 28% por recolher, só para citar.
Nesse momento, as empresas privadas de segurança e sistemas de autoprotecção na província de Cabinda já não utilizam armas de guerra. A província de Luanda, onde foram recolhidas cerca de 1.329 armas de guerra, 1.326 car- regadores e 7.224 munições, é vista como a mais atrasada neste processo.
“A província de Luanda é que se encontra mais atrasada. Em termos de constrangimentos, facto- res críticos que condicionaram o cumprimento das metas até o dia 5, podemos informar que os postos localizados em zonas recônditas que não permitiam a recolha das armas de guerra no período estabelecido, bem como a existência de armas de guerra a cargo de empresas que foram roubadas, furtadas e transferidas para outros postos, sem que houvesse comunicação prévia à Polícia Nacional”, sustenta.