Dados da Polícia nacional de Angola (PNA) apontam para quarenta e duas pessoas que perderam a vida em acidentes de viação, durante o prolongado, enquanto os Serviços de Protecção Civil e bombeiros (SPCB) registaram 27 mortes por mais variadas causas, desde afogamentos, deslizamento de terra, suicídio, entre outros. no total, os dois órgãos registaram 69 mortes no país, de 28 de fevereiro a 4 de Março
Um total de 145 acidentes rodoviários foram registados no período citado, em todo o país, que resultaram em 42 mortes e 176 feridos, sendo que 106 dos quais encontram-se em estado clínico grave. Os dados avançados pelo Superintendente da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária, João de Sousa, apontam para um registo de 16 óbitos a mais em relação ao balanço do anterior fim-de-se- mana prolongado.
“Tivemos perda de 42 pessoas, mais 16 que no último final de semana prolongado. E 176 feridos, com uma redução de 16, mas 106 figuram em estado clínico grave. As principais causas dos acidentes têm a ver com o excesso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas”, sustenta o superintendente.
Infelizmente, vários condutores que frequentaram festas também foram ao Carnaval; o excesso de velocidade, as ultrapassagens irregulares, condução em estado de embriaguez e a falta de cedência de passagem foram apontadas como sendo as principais causas dos acidentes.
A cidade capital, Luanda, não ficou de fora desta estatística, tendo registado 28 acidentes de viação, que resultaram em oito mortos, 23 feridos, e danos materiais avaliados em mais de seis milhões de kwanzas. Nesta província, 284 cidadãos automobilistas foram sancionados com multas por diversas infracções ao Código de Estrada.
Durante o período, foram operacionalizadas, em Luanda, segundo o porta-voz da PNA, Nestor Goubel, 98 barreiras de contenção de velocidade e calmia do tráfego, com a utilização de radares e outros meios técnicos para o efeito, tendo resultado na detenção de 29 cidadãos automobilistas, com destaque para 28 por condução em estado de embriaguez.
Vinte e sete mortes registadas pelo SPCB De sexta-feira a terça-feira (28 de Fevereiro a 4 de Março), o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros registou um total de 221 ocorrências, divididas em 46 patologias diversas; 32 acidentes de viação; 31 incêndios; 21 mal-estares; 16 agressões físicas; 14 invasões de insectos (abelhas); oito presumíveis afogamentos; oito emergências obstétricas (gestante); seis bloqueios de portas de residências; seis derrames de combustível; quatro suicídios, entre outros.
É assim que, segundo o porta-voz nacional do SPCB, Wilson Baptista, tiveram um total de 127 vítimas, das quais, com a excepção dos acidentes de viação, 27 foram a óbito, nomeadamente oito por presumíveis afogamentos; quatro por presumível inalação de monóxido de carbono; quatro por presumível suicídio por enforcamento; três por desabamento de parede; dois por queimaduras no incêndio; uma morte súbita; um deslizamento de pedras; um por mal-estar; uma descarga atmosférica; um por colhimento de comboio e um abandono do feto na ravina.
Quatro crianças morrem por inalação de monóxido de carbono
Na madrugada de sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2025, quatro crianças da mesma família faleceram por inalação de monóxido de carbono, no bairro Esperança, município de Chinguar, província do Bié.
O incidente ocorreu dentro da residência do cidadão José Salussinga, natural e residente da localidade, e as vítimas, seus filhos, foram Berta Chitula, de 3 anos, Fernando Saliwa, de 6 anos, Victória Vissapa, de 9 anos, e Custódio Lino, de 12 anos de idade. A tragédia aconteceu enquanto a família dormia, após terem deixado um fogareiro aceso, o que resultou na intoxicação dos menores.
Os pais das vítimas são José, de 32 anos, e Faustina Cafeca, de 28 anos, que sobreviveram. Outro caso que mereceu destaque no relatório do SPCB aconteceu em Benguela, no município da Babaeira. Por volta das 16h00 do dia 27 de Fevereiro, um cidadão nacional foi atacado por um jacaré, no rio Catumbela, na aldeia Calonduva, povoação da Canjola.
A vítima, identificada como Benjamim Kahala, de 29 anos, natural do município da Ganda e residente na comuna do Alto Catumbela, sofreu ferimentos graves enquanto realizava actividade piscatória no rio. Benjamin foi resgatado pelos bombeiros e encontra-se a receber tratamento no Hospital Municipal da Ganda.