Um grupo de mulheres defendeu, ontem, um maior dinamismo das senhoras na governação local de forma a atrair desenvolvimento nas comunidades.
Este posicionamento foi manifestado durante a realização da Assembleia Geral Constituinte da Rede de Mulheres Líderes na Governação Local, que decorreu em Luanda e que visou fortalecer o papel e a participaçao deste segmento da sociedade no desenvolvimento dos municípios e das comunidades no quadro da governação inclusiva e participativa.
Na abertura do encontro, a secretária de Estado para a Administração do Território, Teresa Quivienguele, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento inclusivo e participativo.
“Trata-se de uma iniciativa que visa alinhar os esforços de mulheres de diversos sectores que lideram processos ao nível local, com o objectivo de fortalecer as dinâmicas do desenvolvimento no quadro da governação inclusiva e participativa”, apontou a responsável.
A governante pediu, igualmente, a participação das mulheres nos vários processos de desenvolvimento no país gizados pelo Executivo e pelas diferentes organizações da sociedade civil com o propósito de promover a igualdade do género e o empoderamento feminino na governação local.
A governante considerou, também, como positivo o aumento do número de mulheres em cargos de governação, o que, no seu entender, representa uma “grande conquista”.
Teresa Quivienguele afirmou, ainda, que o evento é de extrema importância para o fortalecimento da liderança feminina nos domínios da governação local no país.
Exemplo e avanço
Por seu turno, a administradora municipal do Kilamba Kiaxi, Naulila André, disse ser visível, na actual governação, mais oportunidades para as mulheres nos diferentes sectores da vida política, económica e social.
“Eu penso que o nosso país tem sido exemplar nestas oportunidades, porque tem sido visível notar mais oportunidades a serem dadas às mulheres”, destacou a responsável.
Conquistas e oportunidades
Já a administradora municipal do Talatona, Sandra Batalha, considerou ser importante a aposta feita pelo Presidente da República, João Lourenço, nas mulheres de diferentes franjas da sociedade angolana.
“A mulher angolana não ganhou, mas conquistou o seu espaço na governação do país. Felizmente, a aposta veio de cima, do próprio Presidente da República, João Lourenço”, apontou.
Já outras participantes elencaram o fornecimento de água, vias de acesso, energia eléctrica, saneamento, mobilidade e capacitação dos jovens como sendo dos grandes desafios que as mulheres líderes enfrentam na governação local das diferentes comunidades do país.
Participaram deste evento a governadora do Bié, a governadora de Cabinda, a Embaixadora da União Europeia, administradoras municipais e representantes da sociedade civil.
O evento, apoiado pelo Ministério da Administração do Território e pela União Europeia, através do projecto PASCAL, abordou temas como desafios da governação local, igualdade de género e associativismo, além da formalização da Rede, criada em 2024 sob o alto patrocínio da Primeira-Dama de Angola, Ana Dias Lourenço.