Em causa está aquilo que os empresários consideram “actividades abusivas nas cobranças”, por parte da Administração Geral Tributária (AGT), que tem violado os direitos dos contribuintes.
Orlando Chiyelekeni disse a OPAÍS que já tentaram inúmeras vezes, sem sucesso, diálogos com os responsáveis locais da entidade tributária que, categoricamente, afirmam que nada podem fazer, um posicionamento que segundo os associados não facilita o trabalho da classe empresarial.
O interlocutor explicou que tem havido cobranças indevidas, baseadas em recusas de relatórios remetidos pelas empresas, que a AGT tem diz ser ilegal, aplicando multas “avultadas”. “É abusiva quando eu estou a ser cobrado uma coisa que não é justa.
Por isso, as razões do fundo desta paralisação é mesmo a AGT que está a bloquear as empresas, comunica mal e negoceia mal com as empresas”, acusa o empresário, tendo afirmado que a paralisação será gradual, estando previsto passos subsequentes.
Orlando Chiyelekeni disse que mais de 90 por cento das empresas no Cunene encontram-se nesta situação. “Alguma coisa não vai bem porque não podemos estar todos errados. Somos cidadãos conscientes e com responsabilidades.
Não estaríamos a fazer a fazer acusações sem cerificação”. A Associação dos Empresários do Cunene diz que tentou uma aproximação ao Governo Provincial do Cunene, escrevendo uma carta para mediar o assunto, mas não tiveram nenhuma resposta oficial. OPAÍS contactou a Administração Geral Tributária para esclarecimentos, mas sem sucesso.