Mais de 10 mil hectares de polígonos florestais, zonas cultiváveis e reservas naturais da província do Huambo foram devastados, este ano, pelas queimadas anárquicas, com prejuízos diversos à biodiversidade.
A informação foi prestada, ontem, à Angop, pelo director do gabinete do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários do Huambo, João Calão Figueiredo, no final da VIII sessão ordinária do Governo local, orientada pelo governador provincial, Pereira Alfredo.
Na ocasião, o responsável apontou os caçadores e camponeses familiares como os principais praticantes deste mal, com o objectivo de produzirem o carvão, perseguição dos animais e desmatar as lavras, sem medir as consequências e qualquer controlo e autorização das autoridades. Informou que a província do Huambo consta das que mais queimadas anárquicas registaram, este ano, no país, que vão desde os tipos criminais, culturais e por diversão, com a desflorestação massiva dos polígonos e a vegetação nativa.
Para tal, disse que foi apresentado durante a sessão o plano para a contenção deste mal, na qual estarão envolvidos diversos segmentos da sociedade, para educar os cidadãos sobre a importância da protecção da biodiversidade, fauna e flora, acompanhado com a reflorestação arbórea das zonas.
Deu a conhecer que as queimadas criminais serão responsabilizadas civil e criminalmente pelas autoridades, enquanto as culturais mitigadas com diversas sensibilizações nas comunidades.
A província do Huambo, para além de diversas zonas florestais, possui o polígono florestal do Sanguenge, no município do Cachiungo e o de Chandeda, na Caála, várias vezes devastados pelas queimadas anárquicas.
A VIII sessão ordinária do Governo da província do Huambo abordou, igualmente, a situação operativa da Polícia Nacional, Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e a mobilidade urbana de baixa densidade.