A segunda componente do programa Kwenda, a inclusão produtiva, chegou a quatro cooperativas em Benguela, tendo um total de 120 famílias que constituem o primeiro grupo recebido, no último sábado, sete milhões de kwanzas e meia tonelada de sementes de feijão.
Segundo a directora provincial do FAS (Instituto de Desenvolvimento Local), Jasmim Ndatimana, esta acção foi antecedida de um processo de formação e capacitação dos membros do grupo, em matéria de gestão de caixas comunitárias, associativismo e cooperativismo, de modo a estarem melhor preparados para enfrentar os desafios.
Jasmim Ndatimana salientou que os grupos solidários de produção serão apoiados pela caixa comunitária, mediante a elaboração de planos de negócio. Por outra, cada membro beneficiado pela componente de inclusão produtiva terá quatro a seis meses para proceder ao reembolso ao fundo, com mais um acréscimo de 10% do valor recebido.
“O grupo de 120 famílias vulneráveis, que estão agora a ser incluídas na componente de inclusão produtiva, também são beneficiários das transferências sociais monetárias, dos quais 62 são do género feminino’’, disse Jasmim Ndatimana.
A directora provincial do FAS Benguela disse ainda que, a nível da sua localidade, já contam com seis grupos solidários de produção, porém, nesta primeira fase de inclusão produtiva, se prevê formar mais 13 grupos.
Lembrou que o desenvolvimento passa igualmente pelo cuidado com o meio ambiente, onde cada beneficiário deverá plantar e cuidar de pelo menos duas árvores, que foram doadas pela administração municipal de Chongoroi.
O objectivo é permitir o repovoamento florestal, respeito pelo meio ambiente e diminuir o impacto negativo das alterações climáticas na região, que tem afectado sobretudo as pequenas e médias economias ligadas às actividades agropecuárias.
Na ocasião, a vice-governadora provincial de Benguela para o sector político, social e económico, Cátia Cachuco, realçou que a prioridade do Executivo é reduzir a pobreza extrema, aquela que favorece o nível de vida das populações.
O programa Kwenda, segundo ela, tem representado uma nova referência de protecção social no país, na medida em que cria uma rede de segurança alimentar mais ampla, tendo em conta que não atende apenas necessidades imediatas, como prepara as famílias para os desafios futuros.
Segundo Cátia Cachuco, a expansão das transferências sociais monetárias facilitou o acesso mais seguro das famílias, contribuindo assim para a segurança alimentar no país, ao fazer com que os agregados consigam diversificar a alimentação.
“O acto de hoje vai mudar a vida destas famílias e das cooperativas, tendo em conta que passarão a ter alguma disponibilidade e vai aliviar as suas carências. Pelo facto, auguro que o programa Kwenda chegue a mais famílias vulneráveis, que as famílias e cooperativas possam de facto utilizar os valores para o fim desejado, sobretudo, o sustento familiar, actividade geradora de renda, de modo a melhorar as condições de vida”, apelou Cátia Cachuco.
Por seu turno, o presidente da primeira cooperativa beneficiária, João Tchissingui, afirmou que cada membro da sua organização vai receber 300 mil kwanzas, para aplicar em diferentes actividades geradoras de renda, e dentro de quatro a seis meses fará o desembolso do valor, com acréscimo de 10%.