A campanha, que arrancou este mês de Outubro, já foi abraçada pelo Porto de Luanda e pela UCALL, e outras empresas são convidadas a participarem. Para a execução do programa, foram formados, este mês, 75 pontos focais que vão promover a educação sobre saúde sexual e reprodutiva nas crianças e adolescentes, de modo a evitar gravidez precoce.
Outro objectivo do Governo Provincial de Luanda é o aumento da autoestima das meninas. O programa ‘‘Meu Absorvente Menstrual’’ (MAME) vai ser desenvolvido nos nove municípios que compõem a província de Luanda, e é encabeçado pelo Gabinete Provincial da Accão Social, Família e Igualdade do Género.
Os casos de gravidez precoce preocupam as autoridades, daí que o governo vai levando a cabo alguns programas de educação sexual. Estudos do INE indicam que mulheres dos 15 aos 19 anos de idade, que já iniciaram a vida reprodutiva, 12% não tem nenhum nível de escolaridade.
A província do Zaire é a que mais casos regista, segundo o INE, e reforçada pela direcção da saúde local que indicou que, desde o ano passado até à presente data, foram registados 303 casos de adolescentes grávidas nos centros de
saúde.
Cuando Cubango também tem programa para mulheres adolescentes
Tal como Luanda, a província do Cuando Cubango também tem um projecto contra a gravidez precoce, e visa educar 250 adolescentes.
O projecto tem como foco a realização de palestras nas escolas e nas comunidades e a distribuição de absorventes higiénicos. Com o apoio de 4 milhões de dólares da Embaixada dos Países Baixos e de outras organizações não- governamentais, prevê, até 2026, abranger 60 crianças e adolescentes.
Importa referir que, de acordo com a Organização das Nações Unidas, Angola é o quarto país do mundo com maior taxa de fertilidade. Angola, a par da Nigéria, ocupa a quarta posição entre os países com maior taxa de fertilidade a nível mundial, segundo ainda um relatório das Nações Unidas que estima que, este ano, a população angolana está estimada em 36,7 milhões de pessoas e, em 2030, poderá ultrapassar os 40 milhões.
POR:José Zangui