Província de Cabinda não poderá ficar indiferente a essa visita, uma vez que na região está implantada uma das maiores empresas americanas de exploração de petróleo. Aliás, para o governo americano, Cabinda não é só o petróleo, porque a província tem muito mais a contribuir na cooperação entre Angola e os EUA.
Nesta perspectiva, o Governo dos Estados Unidos da América apoia em Cabinda o projecto de desenvolvimento de viveiro florestal de espécies nativas no âmbito do programa de reflorestação e defesa do ecossistema no país.
O projecto, avaliado em 44 mil dólares norte-americanos, é financiado pelo governo dos EUA e conta com a comparticipação do Serviço Florestal dos Estados Unidos de América em Angola (US Forest Service), a Universidade 11 de Novembro e a Cooperativa Kuvata, dedicada à prestação de serviços agrários.
A expectativa do projecto é produzir cerca de quatro (4) mil mudas nativas para a reflorestação no prazo de um ano, com a meta inicial de plantar uma área piloto de 2 hectares. O projecto, primeiro do género desenvolvido pelo governo americano no nosso país, envolve perto de 500 pessoas, incluindo 100 estudantes da área florestal da Universidade 11 de Novembro.
Para o embaixador dos Estados Unidos de América em Angola, Tulinabo Mushing, que procedeu ao lançamento do projecto, o desenvolvimento do viveiro florestal de espécies nativas de Cabinda vai ser também um lugar para compartilhar experiências, prevendo que os participantes de programas idênticos de outros países, como Moçambique, possam cá vir para compartilhar as boas práticas, aprender da experiência angolana e desenvolver soluções africanas para os desafios do continente. Para o diplomata americano, o governo dos Estados Unidos da América está satisfeito em ter um papel importante no apoio a essas metas.
“Os nossos peritos do Serviço Florestal irão fornecer apoio técnico, incluindo a publicação de um manual técnico, para que possamos replicar o sucesso desse projecto na região, adaptando o que aprende- mos aqui para contextos e ecossistemas diferentes.”
Numa recente visita de trabalho que realizou à província de Cabinda, Tulinabo Mushing avaliou as áreas onde o governo americano pode intervir e cooperar para o desenvolvimento socioeconómico da região.
Afirmou que a cooperação dos EUA com a província de Cabinda data desde o ano de 1942, quando a Exin Banc da América financiou o projecto de construção do Porto de Cabinda. Referiu-se também sobre a actividade da companhia americana Chevron em Angola, em particular em Cabinda, que já dura há vários anos.
Disse que, em cada ano, o objectivo é continuar a aumentar a participação e a colaboração do governo americano com o povo angolano, descobrindo outras possibilidades de trabalhar juntos. Em relação à província de Cabinda, o diplomata adiantou que o objectivo do seu governo é continuar a aumentar o pilar de desenvolvimento sobre uma prosperidade partilhada e estudar as melhores formas de atrair companhias americanas privadas para investirem na região.
“Queremos descobrir outras possibilidades para que o povo americano continue a acompanhar os esforços da população angolana, em particular a da província de Cabinda, no desenvolvimento do país”, referiu.
POR:Alberto Coelho, em Cabinda