A mais recente província do Icolo e Bengo tem muitos desafios, segundo o governador, e a juventude, que é a força motriz da sociedade, não foi colocada de parte. O primeiro governador do Icolo e Bengo garante já ter ouvido os jovens, e as preocupações convergem com as dos mais velhos.
Os jovens querem estradas, comunicação entre as zonas de produção agrícola e as zonas de moradias, estão a pedir institutos médios técnicos, núcleo das universidades, oportunidades se se empoderarem por via do acesso a financiamento, etc.
Auzílio Jacob reforçou que governar é fazer aquilo que o povo quer e é atingir os objectivos que são propostos pelo povo. Nesta senda, pede que todos andem no mesmo diapasão, para melhorarem o sistema de saúde, o acesso à educação por via do aumento da capacidade de escolas, do ensino médio, por exemplo.
“Se nós conseguimos resolver o problema do acesso das zonas de produção agrícola para as zonas de comercialização desses produtos do campo; se nós consegui- mos criar a indústria transformadora para transformar os produtos do campo em excesso em produtos industrializados, nós vamos criar renda para todos”, exemplificou.
Não obstante, o governador disse ainda que uma das coisas que é preciso saber é “quem vai limpar, do ponto de vista do saneamento básico, a província de Icolo e Bengo, associada às empresas que ganham os contratos, vão ser os jovens, através das cooperativas”.
“Quem vai trabalhar na criação de condições para edificar as infraestruturas ligadas à administração do Estado, à saúde, aos hospitais e às escolas, vão ser os jovens, constituídos em brigadas de construção. Quem vai ter acesso aos meios de trabalho e à formação profissional para desenvolver o seu próprio negócio, vão ser os jovens”, decretou.
As declarações de Jacob foram feitas numa altura em que o presidente do Conselho Nacional da Juventude, Isaías Calunga, visitou aquela província não apenas para um encontro com os jovens locais como também a criação de condições para que se constitua o Conselho Provincial da Juventude.
Auzílio Jacob acredita que o Conselho da Juventude vai acabar por ter mais responsabilidade na- quilo que é a criação de condições para inserção dos jovens do que o próprio Governo. “Vamos devolver a responsabilidade dos jovens aos jovens, para os jovens resolverem os problemas dos jovens. Esse vai ser o conceito do Conselho Nacional da Juventude na versão província”, reforçou
Comissões constitutivas criadas
Por seu turno, Isaías Calunga avançou que foi criada a Comissão que irá dinamizar a criação dos Conselhos de Juventude nos bairros, nas comunas, nos municípios para poderem corresponder àquelas que são as expectativas dos jovens a nível das províncias recém- criadas.
“Vamos realizar Assembleias Constitutivas porque ainda não existem Conselhos de Juventude nos municípios que compõem a província do Icolo e Bengo e, por conseguinte, vamos realizar a Assembleia Constitutiva do Conselho Provincial da Juventude”, disse.
Defende que o jovem, a nível do Conselho de Juventude, deve ser aquele que participe em indicar as problemáticas a nível da circunscrição e também dê soluções, façam parte do crescimento económico, político e social, do crescimento a nível das questões ligadas à empregabilidade, ligadas ao auto-emprego e à criação de habitações ou comodidades habitacionais.
“Queremos que se erga um Icolo e Bengo forte, que os jovens tenham as mesmas oportunidades, também porque temos aqui uma terra, como podemos dizer, de prosperidade, de solo arável, em volta de rios, é uma terra nobre, que vai precisar apenas da força dos jovens para produzir riquezas”, sublinha.
Por fim, Calunga reforçou a ideia de que os jovens devem apresentar soluções para a resolução dos seus próprios problemas e que os jovens angolanos sempre foram aqueles que lutaram para a abolição do esclavagismo, para a proclamação da independência para a existência da paz e, agora, têm que ser os jovens a continuarem a ser aqueles que vão desenvolver o Icolo e Bengo e Angola, de modo geral.
POR:Stélvia Faria