Entre os diferentes projectos que estão a ser executados pela Fundação, que tem como patrona a Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, destaca-se a construção de quatro escolas que vão ser erguidas nas povoações de Camihombo, Camutcha, Mbala yo Mucua e Nphongo, no quadro do projecto de reabilitação, ampliação ou construção de escolas.
Durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra para as obras de construção de uma escola de quatro salas de aulas que vai albergar mais de 700 alunos do ensino primário, para garantir melhores condições para a realização do processo de ensino e aprendizagem na localidade, Ana Dias Lourenço, Primeira-Dama da República e patrona da Fundação Ngana Zenza para o Desenvolvimento Comunitário (FDC), destacou a importância da participação da comunidade na materialização de todos os projectos concebidos pela Organização Não Governamental.
De acordo com Ana Dias Lourenço, que presidiu a cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção de uma escola de quatro salas evolutivas, orçada em KZ 156.677.311.00, de um total de quatro que compreende o projecto, os resultados que poderão sair dos projectos que estão a ser implementados na povoação do Toco vão servir de antecâmara para a expansão do mesmo projecto pelas demais províncias do país.
A Primeira-Dama da República disse que a sua organização presta igualmente uma maior atenção ao sector da educação para elevar o nível de literacia das famílias da localidade do Toco, daí a construção de mais escolas e a formação de alfabetizadores.
“Há mais de um ano que decidimos iniciar a implementação do projecto aqui na província, concretamente na povoação do Toco, vimos aqui com o sentimento de que só vamos conseguir implementar o programa se nós tivermos a contribuição das autoridades locais e a contribuição da própria comunidade, então, começamos logo a organizar, a capacitar e a informar as autoridades locais e a comunidade.
Neste sentido, nós conseguimos, desde que cá vimos, organizar a liderança local, fortalecer a administração local e capacitar a comunidade; estamos a dar uma maior atenção à questão da educação e dos dados que temos de 2020.
Quando fizemos o primeiro diagnóstico aqui no Toco, recebemos a informação de que o nível de literacia aqui na comunidade do Toco era quase que inexistente, então, decidimos priorizar a alfabetização.
Neste momento, foram formados 34 alfabetizadores, sendo que um dos quais dirige um total de 91 alfabetizandos na Camutcha.
Ao nível do Toco, temos nas cinco aldeias piloto do nosso programa cerca de 466 pessoas a serem alfabetizadas, com idades compreendidas entre os 15 e 70 anos.
Alegra-nos saber que 62 por cento destas pessoas são mulheres, por isso, aproveito apelar e mobilizar os homens que ainda não sabem escrever a se juntarem a nós neste processo de alfabetização”, disse.
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Para o efeito, conforme disse a Presidente da referida Fundação, foram criadas na povoação do Toco cinco núcleos de aldeia, que têm a missão de fazer a gestão da aldeia. Foram formados 21 promotores comunitários que servem de intermediários entre a comunidade e a organização.
A presidente da Fundação Ngana Zenza Para o Desenvolvimento Comunitário informou ainda que foram igualmente criadas sete associações de camponeses integradas maioritariamente por mulheres que se dedicam na produção de diversos bens do campo.
“Fizemos isso porque consideramos que só com o envolvimento directo da comunidade e de forma organizada desta mesma comunidade é que podemos então lograr os objectivos que nos motivaram a implementar este projecto que estamos a considerar ‘piloto’, e quiçá a experiência que ganharmos daqui e, se for realmente for positiva e com sucesso, podemos transportá-la para outras localidades da Huíla e das demais províncias” revelou.
Mais água para as famílias do Toco Durante a sua estadia na província da Huíla, particularmente no município do Lubango, a Primeira-Dama da República e Presidente da Fundação Ngana Zenza de Desenvolvimento Comunitário, Ana Dias Lourenço, visitou as obras de construção de sistemas de abastecimento de água que estão a ser executados no âmbito do Programa de Desenvolvimento Integrado Comunitário do Toco, subprojecto 3.1, denominado “Água Segura”.
Este programa vai permitir a construção de seis sistemas de captação, tratamento e distribuição do precioso líquido a mais de 700 famílias, e vai custar aos cofres da Organização um total de KZ 173.147.546,71, cujas obras deverão ser concluídas até Janeiro do próximo ano.
As autoridades tradicionais da povoação do Toco mostram-se satisfeitas com a execução das obras de projectos de impacto social, particularmente no sector da educação e das águas, que ainda constituem umas das principais dificuldades.
O soba da povoação do Toco, José Mbuale, que fala em nome da comunidade, disse que, com a execução destes projectos, a localidade que dirige começa a ganhar mais dignidade para os seus habitantes, apesar de haver ainda muito por se fazer.
“Estou muito satisfeito com estas obras que estão a ser feitas aqui no Toco, temos aqui ainda muitas dificuldades, sobretudo no acesso à água potável e a escolas, as nossas crianças percorrem longas distâncias só para terem aulas e, com estas escolas que estão a ser feitas, isso vai deixar de existir” afirmou.
A Fundação
A fundação Ngana Zenza, expressão em quimbundo que significa Senhora Isabel, em homenagem à mãe de Ana Dias Lourenço, foi constituída em 2020, e tem por objectivo a promoção do desenvolvimento comunitário para melhoria das condições de vida e empoderamento económico das populações, sobretudo em zonas rurais, e tem como principais destinatários os grupos mais vulneráveis, em especial jovens meninas, idosos, crianças e pessoas com deficiência.