Os crimes de que vem acusada a antiga caixa do Instituto Superior Politécnico Interdependente, Doroteia de Sá, resultam dos actos fraudulentos praticados supostamente por si, desde 2020 até 2023, tendo causado prejuízos financeiros à instituição na ordem dos 85.000.000,00 Kz.
Depois de ter sido descoberta, a jovem funcionária colocou-se em fuga, tendo sido detida apenas no passado dia 3 de Março do ano em curso, na cidade do Lubango, numa operação que visava a fiscalização rodoviária.
Depois de detida, e já no piquete do Comando Municipal da Polícia Nacional no Lubango, os oficiais do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais descobriram que estavam perante uma cidadã procurada e sobre a qual tinha sido emitido um mandado de detenção.
Passados cerca de nove meses, Victorino Guilherme Januário, juiz de Direito do Tribunal da Comarca do Lubango, emitiu um mandado de notificação para o início do julgamento do processo que envolve a antiga funcionária do Instituto Superior Politécnico Interdependente, cujo arranque está marcado para as primeiras horas do dia 28 do mês e ano em curso.
Doroteia do Rosário Alves de Sá era funcionária do Instituto Superior Politécnico Interdependente, colocada na secretaria, onde desempenhava as funções de caixa.
No entanto, a referida instituição notou, em Fevereiro de 2023, algumas irregularidades no seu sistema financeiro, facto que levantou suspeitas contra todos os funcionários da secretaria.
De acordo com uma fonte junto do Instituto Superior Politécnico Interdependente, Doroteia terá introduzido no sistema de cobrança de propinas Terminais de Pagamento Automático (TPA), cujos valores pagos pelos estudantes eram canalizados para a sua conta pessoal.
Segundo a nossa fonte, para realizar tais actos, a acusada contou com a participação de mais alguns colegas, que ainda se encontram em fuga, nomeadamente Maura da Conceição Gomes Italiano, Márcio Amândio Lisboa e Manuel Morais dos Santos Garcia.
Contra os três foragidos foram igualmente emitidos mandados de detenção, ainda não executados. A nossa equipa de reportagem contactou a advogada de defesa de Doroteia de Sá, Alexandrina Domingos, para os devidos pronunciamentos sobre o processo, porém, esta prometeu falar nos próximos tempos.
Por: João Katombela, na Huíla