Ao proceder à abertura do Fórum de Tecnologias e Educação (FTE), cujo lema é “Planear o futuro e transformar gerações, a secretária de Estado para o ensino secundário, Suraia Calonguela, considerou o evento como uma arena de intercâmbio científico que reúne respostas para os grandes e múltiplos desafios do país ligados ao desenvolvimento dos sectores da educação, ciência e tecnologia.
“Julgo, por isso, que este conclave se afigura como um verdadeiro exercício de cidadania e uma amostra exemplar e ordeira do contributo que cada um de nós, de forma individual ou associada, pode oferecer para o alcance dos superiores interesses da nação”, avaliou a secretária de Estado.
Para ela, os critérios seleccionados de um fórum que vai durar três dias, desde os temas aos prelectores e às exposições, concorrem para uma abordagem franca, aberta e sem tabus das temáticas programadas, na certeza de que as acções solidificam a democracia e promovem a coesão social. Referiu que, actualmente, se vive uma era de rápidas transformações, onde a tecnologia redefine, constantemente, a maneira como vivemos, trabalhamos e aprendemos.
Por isso, com a 4.ª revolução industrial em ascensão, o mundo tem assistido ao advento de uma nova era, que exige a adopção de novas habilidades e novos conhecimentos que impulsionam os estados a reinventarem a educação, tendo como suporte as actuais ferramentas tecnológicas.
É a pensar nisso que o Governo angolano, comprometido com a resolução das aspirações da juventude, em geral, e dos estudantes, em particular, tem trabalhado, de forma atenta e estratégica, na definição e adopção de medidas políticas que têm conferido prioridade absoluta ao sector da educação, com o propósito de acelerar o desenvolvimento do capital humano do país.
“Fazemos isso, munindo esse capital humano de competências que se ajustem às exigências do mundo moderno”, referiu a governante, que aponta como sinal o investimento que o governo faz, todos os anos, no capítulo da construção de infra-estruturas com equipamentos, formação e contratação de professores no sector da educação, para a melhoria da qualidade de ensino.
Suraia Calonguela garantiu que, através do Ministério da Educação (MED), o Executivo está a apetrechar as escolas com recursos tecnológicos, para permitir a digitalização dos serviços da educação, com intenção de massificar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC´s).
Zacarias Santiago Kinkela, o coordenador do fórum e director-geral da Chimuma, empresa organizadora, disse que Angola se tem deparado com a necessidade de capacitar os seus quadros e de negociar ao nível internacional.
Segundo o organizador, os problemas se resolvem por si só, mas com a necessidade de união de ideias. Zacarias Kinkela louvou o facto de o Governo ter construído e equipado com alta tecnologia a Escola 42 de Luanda e o anúncio do MED da digitalização de escolas.
O coordenador do FTE deixou uma mensagem de compromisso e esperança, fazendo fé de que a tecnologia e a educação caminhem, ininterruptamente, de mãos dadas.
Por sua vez, o engenheiro Matias Borges, director nacional de telecomunicação e tecnologias de informação, considerou que a aposta nas TIC´s é, por si só, “Planear o futuro e transformar gerações.
“Mas não podemos esquecer o capital humano, para podermos promover a competência e a competitividade”, frisou. Falou de um programa 2023- 2027 que aponta para a digitalização e a consequente literacia digital, tendo realçado que o Fórum de Tecnologia e Educação deve promover resultados positivos.
Anunciou, para breve, a realização do Angotic 2025, que terá como fio condutor “50 anos a publicitar e a desenvolver o país”, enquadrando-se nas comemorações dos 50 anos de independência de Angola.
Quanto ao horizonte temporal dessa actividade, referiu-se aos dias 12, 13 e 14 de Junho, altura em que espera ver os jovens a adquirirem e partilharem conhecimentos.