Os antigos lapidários, com idades compreendidas entre 50 a 60 anos de idade, alegam que a Empresa Nacional de Diamantes (Endiama) não tem vindo a cumprir com a obrigação de remunerar mensalmente os indivíduos que se encontram em reforma.
A situação, segundo os pensionistas, perdura há mais de 20 anos. Tal como contam, para além dos ex-funcionários que ainda se encontram em vida, ao longo dos anos outros acabaram por falecer, mas os filhos e outros familiares não conseguem tirar proveito dos benefícios a que os entes queridos tinham direito.
“Nós esgotamos os esforços para resolver e contactamos, inclusive, um advogado, mas fecharam-lhe as portas”, afirmou Mateus Mendonça, porta-voz da comissão dos trabalhadores que se encontram nesta situação.
O queixoso apontou ainda o incumprimento do pagamento da pensão como apenas uma das outras causas da manifestação e afirma que, para além desta, há um grupo de pensionistas que, apesar de estarem incluídos na lista dos reformados da empresa, recebem um valor inferior a 50.000 kwanzas, o que não é, para eles, suficiente para suprir as necessidades diárias.
“Num universo de mais de aproximadamente 7.000 funcionários, 2.626 estão incluídos na lista de reformados, mas apenas 1300 recebem um valor de 39.000 a 47 mil kwanzas. A maioria não está inclusa no grupo dos reformados da empresa”, afirmou o porta-voz da comissão dos ex-trabalhadores, que diz estar no grupo dos que não recebem a tão desejada remuneração.
POR:Germano Noticia