No sábado, 15 de Fevereiro, no município do Kilamba Kiaxi, bairro da Sapú, o Serviço de Investigação Criminal desmantelou um estaleiro clandestino que era utilizado para o contrabando de combustíveis, tendo resultado na apreensão de sete cisternas com 51 mil litros de combustível diversos.
O combustível, que ainda tinha os respectivos selos, tem sido adquirido directamente na concessionária de bandeira nacional, no caso a Sonangol, mas é destinado para algumas empresas públicas. De acordo com o porta-voz do SIC-Geral, Manuel Halaiwa, sendo camiões que distribuem produtos da Sonangol, nunca poderiam distribuir directamente para este local aquele produto.
O produto deve ser descarregado em postos de abastecimento de combustível, em lugares próprios, com a segurança necessária, e depois dali redistribuído para empresas ou outros revendedores. “O que verificamos aqui é que este produto devia ser destina- do a algumas empresas públicas, que estão ainda a ser verificadas, e vêm para aqui parar. São acondicionados e, depois, redistribuídos, tanto na venda ilegal quanto nos pontos fronteiriços”, conta.
Esta estratégia dos contrabandistas surge por conta do grande aperto nos últimos dias, sobretudo nas zonas fronteiriças. Então, os contrabandistas deixam para Luanda e outros pontos para adquirir este produto, e daqui, devidamente acondicionado e dissimulado, quer em caixas ou noutros volumes, são mandados para as fronteiras. “Estamos a falar de três cidadãos nacionais e um estrangeiro, da República Democrática do Congo, de 83 anos.
As idades entre eles variam dos 19 até os 83 anos. Há aqui dados ainda que chamam a atenção, o facto de estarem num lugar bastante movimentado, cuja denúncia devia ser feita muito antes”, disse. Halaiwa acha que, quer moradores ou outros ali naquela circunscrição, devem estar a colaborar para manter aquele estaleiro, e de acordo com informações já verificadas pelos órgãos de polícia, o sítio funciona há muito tempo.
“Significa que daqui já saíram grandes volumes de produtos petrolíferos para o contrabando. Daquilo que estamos a ver agora, estes bidões que cá estão, conseguimos perceber que também há comercialização feita aqui mesmo no bairro”, sustenta.