João Gabriel, o cabecilha do grupo, afirmou, na primeira sessão de julgamento, na segunda- feira, 10, que tinha desistido do projecto de subversão, por, alegadamente, os seus “timoneiros”, nas circunstâncias dirigentes da UNITA, de entre eles o seu presidente, Adalberto Costa Júnior, não terem cumprido com o prometido. Porém, o irmão contrariou, na terça-feira, na segunda sessão de julgamento, essa tese com o argumento de que foi ele que partilhou o caso com um agente do SIC, identificado apenas por Ossinho, de quem é amigo
O segundo dia de julgamento, na futura Cadeia de Menores, em Kambiote (Huambo), ficou marcado com a audição ao co-réu Domingo Gabriel, que chamou o seu irmão João Gabriel Delcinho, cabecilha do grupo, de «anormal», suspeitando que ele estivesse a ser pressionado por alguém.
Disse ainda, em tribunal, que o irmão o pressionou para aderir ao aludido projecto. «O mano está a encarar isso como qualquer coisa, é um projecto muito sério. Cheguei a pensar que o meu irmão tinha recebido feitiço”, terá dito João Gabriel. Esclarece que é irmão do co-arguido e fez parte do seu agregado, sendo ele o irmão mais velho.
Apesar de o irmão ser uma pessoa influente, socialmente bem posicionada, não têm boas relações e não se falam há 5 anos. “Ele não conhece onde eu vivo. Os meus filhos não lhe conhecem”.
POR: Constantino Eduardo, enviado ao Huambo