Através da sua direcção central de operações e direcção de combate aos crimes informáticos, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou uma actividade ilegal de mineração de criptomoedas no interior de dois apartamentos em blocos diferentes na centralidade da Vida Pacífica, realizado por um cidadão de nacionalidade chinesa.
O SIC apresentou ontem, segunda-feira dia 7 de Outubro, na centralidade Vida Pacífica, distrito urbano do Zango, um cidadão estrangeiro, de 30 anos de idade, de nacionalidade chinesa, engenheiro informático, detido por factos constitutivos do crime de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais, bem como crimes conexos, como falsificação de documentos.
O cidadão chinês foi flagrado a minerar criptomoedas em dois apartamentos, em blocos distintos na centralidade Vida Pacífica, arrendados com documentos falsificados (propriamente passaportes).
Segundo Manuel Halaiwa, porta-voz do SIC-Geral, para além do crime que originou a detenção, há fortes indícios de que há ainda branqueamento de capitais, fuga ao fisco, entre outras actividades que podem estar relacionadas com este tipo de criminalidade.
De acordo com o superintendente chefe de investigação criminal e porta-voz do SIC-Geral, Manuel Halaiwa, o cidadão ora detido foi o principal engenheiro na montagem dos equipamentos e operacionalização das duas grandes mineradoras de criptomoedas desmantela- das nas províncias do Huambo e Bengo.
Lembrou que o SIC tem estando apelar aos cidadãos a partilharem informações, tendo sido constatado o atendimento do apelo nesta operação. “As criptomoedas se compreendem como moedas digitais e ocorrem apenas na internet, onde o infractor, ao converter o valor para kwanza.
Estima-se que tem feito, por mês, acima de dois milhões de kwanzas. Para além da actividade económica ilícita que tem estado a praticar, tem ainda o risco de os apartamentos incendiarem, tendo em conta que os equipamentos necessitam de ventilação e consomem muita energia eléctrica”, frisou Manuel Halaiwa.
Contou ainda que as facturas de energia paga pelo cidadão chinês estão acima daquilo que é a média normal, isto é, quando pode pagar por mês cinco mil kwanzas, ele tem pago mais de 80 mil kwanzas para cada apartamento, o que fez também levantar suspeitas já que o consumo era acima do habitual.
Ainda para evitar levantar suspeitas, montou a estrutura tecnológica em dois apartamentos e não apenas num, com processadores muito caros, onde tudo não deve ter lhe custado meio abaixo de meio milhão de dólares.