O Caminho-de-ferro de Moçâmedes realizou, neste fim-de-semana, o primeiro comboio de carga, carregado por mais de 1600 toneladas de ferro-gusa, provenientes da área mineira do Cuchi, no Cuando, com destino primário ao porto do Namibe, marcando, assim, a retoma do serviço que interliga a zona leste do país, noticiou esta segunda-feira a RNA.
Interrompido por cerca de três meses, devido às fortes chuvas, causando um prejuízo ao CFM de cerca de 300 milhões de kwanzas, com a sua reactivação aguarda-se a normalização do transporte de mercadorias e o fortalecimento da economia regional.
De acordo com o director de Comunicação e Imprensa do CFM, Yuri Futy, desde a sua paralisação mais de 30 mil passageiros não conseguiram locomover-se de comboio e a nível da empresa as obras da retoma custou mais de 100 milhões de kwanzas.
“São várias as pessoas que procuram incansavelmente todos os dias por esses serviços ferroviários, a esta altura mais de 30 mil passageiros acabaram por não ser transportados durante esses três meses de paralisação. A nível da própria empresa foi uma obra orçada em mais de 100 milhões de kwanzas. Não estando o comboio a transportar as pessoas e as mercadorias acaba, também, por influenciar a nossa balança económica, o que tivemos um prejuízo de quase 300 milhões de kwanzas, com esta paralisação”, afirmou Yuri Futy.
Segundo o responsável, apesar do carregamento de 1600 toneladas representar um marco assinalável para a instituição, a direcção do CFM pretende acrescentar, nos próximos tempos, a capacidade de transportação.