Segundo o médico nefrologista, José Carlos Malanda, em entrevista hoje à Rádio Luanda, por ocasião do Dia Mundial do Rim, o número de pacientes diagnosticados com problemas renais em Angola de 2024 a 2025 é de 4 mil pessoas e esse número tem aumentado à medida que são abertos novos centros de hemodiálise.
De acordo com o profissional de saúde, os casos diagnosticados ao longo do período em referência não se compara ao elevado número de pessoas acometidas com insuficiência renal mas que nunca foram diagnosticadas ou que desconhecem que vivem com o problema.
“Dados estatísticos apontam para cerca de quatro mil pessoas que actualmente fazem diálise. Não obstante aos casos de pessoas identificadas e que fazem diálise ser elevado, o número de pessoas acometidas com insuficiência renal não identificadas é dez vezes maior”, explicou, tendo esclarecido que “o número de pessoas conhecidas deve ser multiplicado por mais ou menos oito a dez vezes para termos uma ideia da população em geral que possa ter a doença e não sabe. Portanto, se nós temos mais ou menos 3.600 a 4.00 mil pessoas conhecidas a fazer diálise, nós estamos a falar em, aproximadamente, 36 a 40 mil pessoas que possam ter a doença e não sabem”.
Para o especialista, a insuficiência renal é uma doença silenciosa que pode levar entre 10 a 15 anos e sem apresentar nenhum sintoma.
“É necessário que as pessoas que têm factores de riscos façam avaliações periódicas e regulares para aferir a doença. Porque quando acontecem os sintomas é sinónimo de avanço da doença, muito difícil de controlar e evitar que progrida para a hemodiálise”, aconselhou.