Os números apresentam preocupação das autoridades sanitárias, pois 987 casos de malnutrição foram atendidos apenas no dia 19 de Setembro, numa campanha promovida pelo Centro de Saúde de Viana, vulgo “Ana Paula”.
Deste número, de acordo com dados fornecidos pela organização a este jornal, seis foram de desnutrição grave. A campanha decorreu nos dias 19 e 20, e o segundo dia foi reservado para atendimento de adultos, num total de 1103, muito deles diagnosticados com casos de hipertensão arterial.
Durante os dois dias, 19 e 20 de Setembro, a campanha abrangeu um total de duas mil pessoas. O Centro de Saúde de Viana “Ana Paula” assegurou que vai continuar a realizar feiras do género, por se tratar de um espaço de promoção da saúde infantil e dos adultos.
O drama da fome e a falta de água em Angola, sobretudo nas zonas periféricas, estão na origem da malnutrição que afecta milhares de pessoas, sobretudo crianças. O Relatório Global sobre Crise Alimentar (GRFC) de 2023, do Programa Alimentar Mundial (PAM), diz que 258 milhões de pessoas em 58 países do mundo, incluindo Angola, sofreram com insegurança alimentar aguda no ano passado, um aumento de 25 por cento em relação ao ano transacto.
Entretanto, em Angola, há accões para a redução do fenómeno. Por exemplo, no distrito urbano do Rangel, 10 mil crianças de escolas primárias, supervisionadas pela Igreja Católica, estão a ter aulas de nutrição, com o patrocínio de empesas petrolíferas.
POR:José Zangui