O secretário de Estado para o Ensino Secundário, Gildo Matias José, disse, recente- mente, que um total de 20 empresas se juntaram ao Projecto Criação de Escolas de Referência, que vai adequar o perfil de saí- da dos alunos às necessidades do mercado, com a oferta de estágios profissionais supervisionados para os finalistas das escolas técnico-profissionais
O Projecto de Criação de Escolas de Referencia (PCER), que prevê ainda cooperação com centros profissionais das mais variadas vertentes, recebeu, até ao momento, 20 empresas privadas interessadas em fazer parte, no âmbito das suas responsabilidades sociais, segundo o coordenador adjunto da comissão, Gildo Matias. Escolas de referência serão uma espécie de escolas-piloto que serão apetrechadas de meios materiais, técnicos, tecnológicos, em que os professores vão beneficiar de formação e actualização.
Criado em 2021 com o objectivo de serem modelos para a pro- moção das melhores práticas pedagógicas e de gestão escolar, já foram seleccionadas 58 escolas a nível nacional, desde o pré-escolar, ensino primário, secundário, técnico profissional, escolas de formação de professores e seis centros de formação profissional. O coordenador adjunto afirmou que as empresas são imprescindíveis, isto porque elas devem ser parte do currículo das escolas, sobretudo as do ensino técnico profissional, de modo que os futuros profissionais estejam à altura dos desafios das mesmas instituições ou do mercado de trabalho.
Ficou definido que se deve encontrar os veículos mais adequa- dos para garantir a melhor participação do sector empresarial no que concerne a cedência de estágios aos estudantes do ensino técnico profissional. “O Ministério da Educação pretende ainda partilhar recursos humanos, ou seja, que os profissionais das mais diversas empresas emprestem o seu saber de forma complementar para os alunos”, frisou Gildo Matias.
Direcções abordarão sobre ofertas formativas com empresas
A relação das escolas com as empresas deverá ser virtuosa, por isso cada instituição empresarial deve receber um número de estagiários e terão a oportunidade de encontrar os melhores talentos para empregar. Disse que o processo segue a bom ritmo e se pretende ter, em cada instituição de ensino, um espaço de concertação, on- de as direcções escolares poderão abordar com as empresas sobre as ofertas formativas que são administradas, e saber ainda se ela é crítica ou relevante, para que possam se ajustar às novas necessidades do mercado de trabalho.
Para alcançar o êxito do PCER, os gestores escolares beneficiaram, recentemente, de formação em matérias de elaboração e implementação de projectos educativos, de modo a melhorar o pro- grama em cada uma das instituições de ensino. Em seguida, serão elaborados os planos e apresenta- dos para as empresas com intuito de definir como será o apoio por parte delas. “Se será financeiro, com material, partilha recursos humanos ou outro para o sucesso da implementação do projecto. Algumas empresas já dão algum contributo, tal como a Sistec, Unitel, Leonol Carrinho, entre outras”, finalizou Gildo Matias.