As condições das vias de acesso no município de Icolo e bengo, em Luanda, um dos principais problemas da zona, poderão ser melhoradas durante o exercício de Isabel Kudiqueba, que foi, recentemente, nomeada e empossada no cargo de administradora daquela circunscrição, de acordo com as suas previsões
Do distrito urbano da Vila Verde, município de Belas, Isabel Kudiqueba chegou ao Icolo e Bengo com foco na impressão de respostas para as necessidades mais básicas daquelas populações. Entre estas, a governante prevê para os próximos dias intervir nas vias de comunicação, a fim de facilitar o escoamento de produtos.
“Daqui a um ano, não vamos ter grandes problemas em termos de escoamento de produtos. Vamos trabalhar nesse sentido: não sermos nós, mas criarmos as condições para que o próprio camponês leve o seu produto ao mercado para o consumo de toda província de Luanda”, adiantou. Acrescentou ser importante que se trabalhe nas vias de acesso, por considerar que o desenvolvimento de um município passa, necessariamente, pela melhoria desse aspecto, sobre o qual garantiu que “vamos fazer o trabalho com base ao nosso nível, porque as responsabilidades têm níveis”.
A administradora avançou que esta preocupação surge, também, em função da quantidade de parceiros que a administração está a receber a nível do sector da agricultura, sendo o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) um destes que conta com vários projectos no município.“Vamos conseguir atingir os nossos objectivos. Pelo menos aquelas necessidades básicas vamos resolver”, garantiu, referindo que as intervenções serão feitas de acordo com o que for da competência do município. “Aquilo que for do nível do município, nós iremos atacar dentro de dias”, assegurou.
Melhorias das condições com auxílio dos munícipes
“Os municípios devem pagar o que devem pagar ao Estado”, considerou a administradora para quem os cidadãos precisam parar de fugir ao pagamento das suas contas, alertando para necessidade de os moradores das centralidades, no seu caso a do 44 e do Zango 5 mil, terem de pagar o imposto predial. “É fácil nós arrecadarmos 200 ou 300 milhões por mês. É o valor de mais de uma escola. Se eu tiver esse valor por mês, quantos problemas eu vou resolver no Icolo e Bengo, só com a arrecadação das rendas das casas do Quilometro 44 e do Zango oito mil. Mas, as pessoas não querem isso”, disse.
Para a governante, os cidadãos exigem muito dos gestores públicos sem, no entanto, cumprirem as suas obrigações, que, de qual- quer forma, ajudam o Estado a satisfazer as necessidades das populações, citando como exemplo o não pagamento de publicidades afixadas nas públicas. Por isso, adiantou que vai trabalhar na sensibilização dos munícipes ao nível do Icolo e Bengo, no sentido de entenderem que todo valor que pagam acaba por ser retornado ao município em benefício de toda população.
Nesse sentido, disse que vai começar por organizar a partir dos funcionários da sua própria administração, onde muitos não têm os terrenos legalizados e não pagam as rendas nas centralidades onde vivem. “Primeiro, temos de mudar a nossa forma de ser. É preciso responsabilizar o cidadão. Eles de- vem saber que têm direitos e deveres. Se nós atacarmos nisso, tudo é fácil”, explicou.