A Universidade Privada de Angola (UPRA) procedeu ontem à entrega de diplomas de licenciatura a 243 estudantes que concluíram a formação superior em várias áreas do saber. A reitora da instituição académica, Silvana da Silveira, garantiu que os licenciados estão prontos para solucionarem problemas sociais
A garantia da capacidade dos novos licenciados para responderem a diversos problemas que o país apresenta foi justificada por Silvana da Silveira com o facto de a UPRA ser uma instituição de ensino que aposta em constantes inovações, procurando, com isso, transcender o processo de aprendizagem.
“Estão a ser formados, hoje, 243 novos licenciados preparados para responderem a muitas necessidades do país. A UPRA vem a contribuir há 23 anos, porque busca inovações contínuas, busca transcender o processo de aprendizagem, focando na questão do ensino, da pesquisa e da extensão universitária”, explicou a reitora.
Silvana da Silveira, que discursava durante a 13.ª Cerimónia de Outorga de Diplomas da UPRA, considerou o momento singular por entender que se traduz na celebração de uma conquista árdua dos estudantes das três faculdades existentes na universidade.
Ao falar para os recém-licenciados, a reitora avisou aos estudantes que o título de licenciado simboliza o alcance de um marco, cujas responsabilidades são transferidas para a sociedade angolana, à qual devem contribuir, fortemente, para as mudanças ansiadas.
“Hoje, não é apenas o fim de uma jornada académica. Mas, é o início de uma nova fase, de uma nova jornada, e requer muitas responsabilidades. Formandos, vocês, hoje, estão ‘comprometidos’ com a sociedade.
A partir de agora, são agentes de mudança que deve ser transformadora em todos os aspectos”, apelou aos finalistas durante o seu discurso de abertura da actividade.
Licenciados anseiam servir a sociedade
O recém-licenciado Maiúmba Francisco, em entrevista ao jornal OPAÍS, à margem da cerimónia de outorga, falou sobre as suas perspectivas após concluir a licenciatura.
Formado em Comunicação Social, o interlocutor explicou que a sua visão passa por dispor os seus conhecimentos ao serviço do desenvolvimento do país.
“A perspectiva é continuar a trabalhar na área de formação para desenvolvermos o que, nesta cerimónia e durante o período curricular, aprendemos, a fim de ajudarmos o país a desenvolver de acordo com as necessidades e dificuldades que apresenta”, garantiu.
Por outro lado, o licenciado sublinhou a necessidade de a universidade apostar cada vez mais em materiais de laboratórios para as aulas práticas, a fim de permitir que os docentes exerçam as suas funções em melhores condições.
Porém, Maiúmba explicou que no decurso da formação o contributo de um quadro docente competente foi fundamental para que tivesse concluído o ciclo com a qualidade expectável.
Por seu turno, Sidney Camundongo, licenciado em Medicina Geral, referiu que existem várias oportunidades oferecidas nos sectores privado e público, com maior incidência para o primeiro, aos formados no seu curso, pelo que não entende a razão pela qual muitos reclamam de emprego.
“Os que depois da licenciatura ficam desempregados, não é por falta de competência, muitas vezes. Mas, depende muito da disponibilidade que muitos mostraram ao longo do seu percurso académico, porque a medicina começa no estágio, é lá onde as portas são abertas”, avançou.
A UPRA reservou um momento para distinguir os melhores professores e antigos estudantes.
Neste quadro, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, foi distinguido pelo reconhecimento do contributo prestado enquanto docente no curso de comunicação social.
Além deste, o director nacional de informação e comunicação institucional do Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, João Demba, foi, igualmente, distinguido por ser um dos antigos estudantes da UPRA que, pelo seu contributo na sociedade, ganhou notoriedade e ocupa posições de destaque a nível do país.
A Universidade Privada de Angola lançou ao mercado de trabalho 243 licenciados, dos quais 131 são da Faculdade de Ciências da Saúde, 94 da de Ciências Sociais, Humanas e Políticas, e 18 da de Ciências Exactas.