A instituição doou io montante ao Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA) para implementação de políticas inclusivas na área do género.
POR: Stela Cambamba
A gestora de projectos no sector de cooperação da União Europeia em Angola, Anna Chudolinska, revelou que a II conferência Nacional sobre a Educação Social, que decorre desde ontem, é organizada no âmbito do projecto financiado pela União Europeia e implementada pelo ICRA sob o lema “educação e participação para igualdade”.
Explicou que o projecto é financiado pelo programa “organizações da sociedade civil e autoridades locais” e tem como objectivo apoiar acções a serem implementadas por actores não estatais e autoridades locais, em prol da participação da sociedade civil na boa governação e nos processos de desenvolvimento sustentável.
Anna Chudolinska contou que o projecto contribui para o processo de implementação de políticas inclusivas e práticas de boa governação na área do género, de modo a promover a igualdade de direitos e a capacidade das mulheres para participar nos processos sociais, políticos e de governação nas províncias de Benguela, Huíla e Cuanza-Sul. Disse que o projecto está a ser implementado desde Dezembro de 2016 e termina no final de 2019, com a contribuição financeira da EU de mais de 360 mil euros, sendo que, com esta acção, prevê-se atingir a população de seis municípios, estimada em mais de um milhão e 800 mil habitantes.
Pretendem ainda alcançar resultados no que toca ao melhoramento da abordagem de formação e actuação dos quadros sociais formados pelo ICRA, com foco nas questões de género e desenvolvimento participativo, entre outros. Na ocasião, António João, director nacional cessante para a política familiar, procedeu ao acto de abertura do evento, que decorre sob o lema “género e protecção social”.
Lembrou que com o início capido novo ciclo governativo as questões de natureza social aparecem no topo da agenda do Governo com estratégias que têm como epicentro os municípios. Com objectivos de melhor interpretar os anseios, necessidades e prioridades das comunidades e promover o desenvolvimento equilibrado do território e das suas gentes.
Segundo António João, o país, e particularmente o sector da Acção Social Família e Promoção da Mulher, está certamente a conhecer uma situação de mudança de paradigma em matérias de políticas públicas focadas nos grupos vulneráveis, onde se inserem as crianças, idosos, pessoas com deficiências, mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade e família em situação de extrema pobreza.
Esta mudança consubstancia-se na transição desde uma lógica meramente assistencialista para um modelo que privilegie a protecção, prevenção e a promoção dos direitos, das liberdades e das garantias destes grupos.