A actividade de mototaxi na cidade de Ondjiva, província do Cunene, será redimensionada no presente ano, de forma a organizar o trânsito e a segurança rodoviária, informou ontem a directora do Gabinete Provincial do Transporte Tráfego e Mobilidade Urbana do Cunene, Geraldina Paredes.
Segundo a responsável, a previsão é que a nova postura seja aplicada no final deste mês com o fim da defiição de rotas ou zonas para a exploração do serviço de mototáxi, após o lançamento no mercado de alguns meios não revelados e disponibilizados pelo Ministério dos Transportes.
“Queremos que os mototaxistas circulem apenas em zonas periféricas. Temos rotas criadas para mototaxis e os autocarros vão circular nas vias principais, para que de forma gradual se reduza a utilização destes meios”, afirmou.
Acrescentou que a maior parte dos acidentes de viação na região tem envolvimento directo dos utentes de veículos motorizados, e, por consequência, o número de mortes e ferimentos verifica-se mais no seio destes e dos seus ocupantes.
Reconheceu que o exercício de mototaxis é uma alternativa profissional para muitos jovens desempregados, assim como vem facilitar a circulação de pessoas, derivado da lacuna existente de transporte público e de insuficiência de táxis.
Lembrou que actualmente Ondjiva não dispõe de veículos para táxis urbanos, pelo que apelou à classe empresarial a investirem no ramo, ao invés de limitar-se aos transportes atribuídos pelo Executivo.
Disse que a província necessita de empresas do sector privado, com capacidade de criar rent-a-car ou frota de transportes urbanos e intermunicipais, de modo a garantir melhor comunidade e fluidez de trânsito na região.
Geraldina Paredes apontou a continuidade da campanha de sensibilização e formação dos mototaxistas, numa parceria do Departamento de Trânsito e Segurança Rodoviária, administrações municipais e a AMOTRANG, de modo a estarem mobilizados sobre o respeito às regras do Código de Estrada.
Dados do Comando da Polícia Nacional indicam que, dos 364 acidentes de viação registados em 2023, 278 tiveram envolvimento de mototaxistas, com 61 pessoas e o ferimento de 454 outras.
A medida que tem respaldo no artigo 12.º do Decreto Presidencial n.º 123/22, que regula a actividade de transporte remunerado individual, colectivo de passageiros e de mercadorias em veículos ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos, está em fase de comunicação e sensibilização.