O Serviço de Investigação Criminal (SIC) em Cabinda deteve um cidadão nacional de 30 anos acusado na prática do crime de agressão sexual a um menor de 12 anos, por sinal um sobrinho, filho de uma irmã
O acusado, Armando Pedro Ncunfo, que está a contas com a Justiça, vem mantendo cópula ilícita com o sobrinho, filho da irmã, desde os seis anos de idade e foi descoberto agora que o me- nino está com 12 anos. Por aquilo que foi apurado, segundo o porta-voz do SIC/Cabinda, superintendente Rodrigues Ambrósio, que falou para o jornal OPAÍS, o mesmo trocava carícias com o menor na calada da noite num dos compartimento da residência onde moravam, no bairro 1º de Maio, nesta cidade. Aproveitando-se da distracção dos outros menores, mantendo, assim, cópula por via anal com o sobrinho, para conseguir os seus intentos, o acusado aliciava a criança com bolachas e rebuçados e o ameaçava de morte, a si e a mãe, caso este contasse o caso aos progenitores.
Neste período, de acordo com o porta-voz do SIC, o menor teve dificuldades de se abrir com a mãe e denunciar o caso mas, aproveitando-se da ausência do mesmo cidadão (o acusado), que tinha viajado para Luanda, o menor contou o facto aos pais. “Daí os seus progenitores procuraram o nosso serviço de piquete para proceder a devida queixa e foram feitas diligências que resultaram na detenção do referido cidadão, seguidos de alguns exames médicos ao menor para se apurar, efectivamente, as possíveis agressões sexuais de que tem vindo a sofrer”, sublinhou.
Para justificar as suas práticas, Armando Ncunfo disse que as investidas para as ligações sexuais com o menor partiram do próprio sobrinho, que supostamente manifestava um afecto especial com ele e que fazia ciúmes sempre que lhe visse acompanhado com a namorada. “Ele insistiu muito e eu não resisti. Estou arrependido por não ter contado isso antes aos mais velhos ou à família”, disse o acusado. A versão do acusado foi prontamente desmentida pela mãe do menor que chegou uma vez a surpreender o irmão em estado de nudez ao lado do filho. Carla Chitumbo contou ao OPAÍS que foi o próprio irmão que lhe pediu, em 2017, para que vivesse com o menino quando este tinha apenas seis anos.
“Em 2021 veio devolver a criança, mas vinha sempre a minha casa para abusar do miúdo. Eu desconfiava disso mas não tinha a certeza porque o miúdo não contou, por causa das ameaças que sofria”, disse. O caso foi espoletado no passado dia 24 de Dezembro, quando o acusado pretendia, mais uma vez, abordar uma aproximação sexual com o menor que recusou tendo, violentamente, batido o menino que recorreu aos vizinhos para contar as investidas sexuais contra si praticadas pelo tio.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda