Os soberanos dos reinos do Ndongo e do povo Lunda, Buba Mvula Dalamama e Nsinda Yav-yac Naweg, respectivamente, reconhecem a importância que reveste o projecto de reforma e requalificação da aldeia Camela Amões como um passo decisivo na valorização do meio rural, do papel das autoridades tradicionais e suas comunidades, no processo de combate à fome e à pobreza e assimetrias regionais
“O projecto da aldeia Camela Amões, de todos que estamos a constatar, é o que representa, de facto, a valorização do meio rural e o que mais se adequa com os usos e costumes das nossas comunidades, por estarem agregadas as componentes agrícolas, pecuária, piscicultura e habitacional, que são áreas fundamentais para a economia do país e de subsistência para o povo”, enfatizou o Rei Buba Mvula Dalamama.
Para estas duas individualidades, que manifestaram este reconhecimento durante um encontro com o empresário Segunda Amões, PCA do grupo ASAS, entidade responsável do projecto da aldeia Camela, seria de uma “mais-valia para que as nossas comunidades fossem abrangidas por esta iniciativa”, por se situarem em regiões com “terras aráveis e recursos naturais até agora não explorados” por falta de investimentos.
“As nossas terras são aráveis e vastos são os recursos naturais que não estão a ser explorados de maneira sustentável, permitindo acrescentar valores na cadeia de bens e serviços para a melhoria das condições de vida da nossas comunidades”, asseverou Nsinda Yav-yac Naweg. No encontro, que faz parte de um rresponconjunto de reuniões solicitadas por diversas autoridades tradicionais para se inteiram das valências da aldeia Camela Amões, os soberanos foram enfáticos ao asseguram ser um dos projectos que mais se identifica com os ‘modus vivendi’ das respectivas comunidades.
“É dos projectos, que já consultámos, que mais se identifica com os nossos ‘modus vivendi’, por privilegiar, em primeiro lugar, os habitantes com casas sociais condignas, educação, saúde e emprego, sem necessidades das pessoas ‘fugirem’ para as cidades, pelo que será com satisfação, caso seja intenção do grupo ASAS implementar esse projecto nas nossas zonas de jurisdição”, disse o soberano do Ndongo.
O empresário Segunda Amões garantiu haver disponibilidade por parte do grupo ASAS em estender o projecto de reformas e requalificação por mais aldeias do país, mas elucidou que, independentemente da boa-vontade, “há um conjunto de pressupostos legais a serem cumpridos, como a anuência, apoios institucional e financeiro por parte do Executivo, para uma empreitada do género à escala nacional”, pontualizou.