O secretário de Estado da Saúde, José da Cunha, disse que iniciativas que contribuam para a erradicação da malária devem ser abraçadas e desenvolvidas, tendo aconselhado aos investigadores e farmacêuticos a conjugarem esforços para que se diminua a importação de medicamentos.
POR: Milton Manaça
Um grupo de investigadores angolanos apresenta hoje, em Luanda, um sabonete repelente de produção nacional para o combate à malária e outras doenças causadas pela picada do mosquito. Em entrevista a este jornal, a engenheira Fernanda Samuel, uma das investigadoras do projecto, disse que o sabonete é a evolução do repelente spray que o grupo lançou no princípio de Março deste ano, cujo objectivo é o de ajudar o país no combate à malária.
Fernanda Samuel contou que o sabonete repelente tem o mesmo princípio activo do spray, produzido a partir da extracção de óleos de plantas e sementes descobertas em várias regiões do país. Todavia, referiu que o sabonte tem a vantagem de ser usado por mais tempo e por vários membros da família, por ser economicamente mais viável ao bolso dos cidadãos.
“Nos testes que realizamos, comprovamos, por exemplo, que quando atiramos a água do banho aos locais em que os mosquitos se concentram, como plantas e pneus, evita-se a sua proliferação”, disse Fernanda Samuel, acrescentando que a mesma água não afecta o crescimento das plantas, pelo facto de o produto ser biodegradável e não conter nenhuma substância química.
Secretário promete apoiar com certificação
Na visita guiada que o secretário de Estado para a Saúde Pública, José da Cunha, efectou ontem à Feira da Saúde, em Luanda, prometeu apoiar a iniciativa para a emissão do certificado de acreditação por considerar que a produção de medicamentos vai contribuir na melhoria da saúde da população. José da Cunha frisou, na ocasião, que Angola importa muitos fármacos que se deviam produzir localmente.