A directora do Gabinete Provincial da Saúde de Luanda, Rosa Bessa, apelou ontem, à calma, o Sindicato dos Técnicos de Saúde que está determinado a paralisar os serviços, Segunda-feira, 18, caso as suas reinvindicações não forem satisfeitas.
Rosa Bessa considerou que os representantes dos enfermeiros não têm sido claros nas suas posições, e que tomam posições distintas em simultâneo. Além disso, afirma que possui um documento em que os sindicalistas assinaram a opção de caminhar pela negociação do processo. A responsável demonstra-se perplexa com as razões que levam os técnicos a tomar atitudes do género.
“Nós estamos em negociações, e eles não podem declarar greve porque ainda estamos a conversar. Não estamos a entender nada”, declarou Rossa, tendo prometido fornecer mais explicações a este jornal após a reunião que terá com o governador de Luanda.
Manifesto de greve será enviado hoje às unidades hospitalares
Em resposta, o secretário-geral-adjunto do Sindicato dos Técnicos de Saúde, Afonso Kileba, disse que o seu sindicato mantém a sua posição de paralisar os serviços na Segunda-feira, caso não sejam revistas a promoção e a mudança de categorias, por exemplo, aspectos que não estão ligados à reformulação da carreira de enfermagem.
Afonso Kileba garantiu que os enfermeiros não vão transgredir o Decreto Presidencial nº 254/10 de 17 de Novembro, que proíbe os enfermeiros de procederem à prescrição médica “como é desejo da entidade empregadora”, reforçou o sindicalista, que sublinhou que esta posição é um facto. Revelou que a partir de hoje, Sexta-feira, as unidades sanitárias começaram a enviar o seu manifesto de greve, tendo acrescentado que estarão abertos para negociação até às últimas horas de Domingo, 17.