O director do Gabinete Provincial da Saúde da Lunda Sul, Viegas de Almeida, considerou, Sábado, importante o envolvimento de toda sociedade na humanização dos serviços de saúde, devendo denunciar os actos que inviabilizam o bom atendimento nos hospitais.
Falando na abertura do primeiro Fórum Provincial de Humanização dos Serviços de Saúde, promovido pela MOVANGOLA, na Lunda Sul, no quadro nas jornadas provinciais da moralização da sociedade, sublinhou que sozinho o sector não conseguirá garantir uma saúde de qualidade na região.
Disse ainda que a questão da humanização passa a ser transversal e começa a preocupar outros segmentos da sociedade, que não estão ligados directamente ao sector da saúde.
Explicou que a humanização é uma palavra que se traduz em amor, e só com este espírito de empatia será possível proporcionar uma saúde de qualidade e cada vez mais próxima ao cidadão.
Viegas de Almeida revelou que o Gabinete está preocupado com os vários relatos de maus tratos nas unidades sanitárias, actos que têm merecido o devido tratamento do ponto de vista legal.
Apelou aos participantes ao fórum, no sentido de serem activistas e levarem a mensagem daquilo que são os bons hábitos, costumes, boas ideias e práticas, para que se tenha um sistema sanitário de qualidade.
Por sua vez, o secretário Provincial em Exercício da MOVANGOLA, na Lunda Sul, Eliseu Sango, disse que a problemática da humanização dos Serviços de Saúde é um assunto que preocupa a todos, enquanto partes integrantes da sociedade.
Garantiu que o fórum foi promovido, igualmente, noutros municípios, tendo em conta que os profissionais de saúde dessas localidades também necessitam mudar de mentalidade para melhorar o sistema.
Por seu turno, o secretário Provincial da Ordem dos Enfermeiros de Angola, na Lunda Sul, Hermenegildo Txoza, disse que a humanização dos serviços de saúde não se circunscreve apenas na administração de fármacos, mas também na qualidade do atendimento ao paciente.
Explicou que a Ordem, como entidade fiscalizadora e disciplinadora das actividades dos enfermeiros, tem recebido várias queixas de comportamentos indesejáveis de profissionais, que muitas vezes são obrigados a recorrerem ao Código de Ética e Deontologia Profissional de Enfermagem, aplicando multas, sanções e até mesmo cassação da carteira por algum período.
Adiantou que, desde 2019 até à presente data, a Ordem capturou mais de 20 carteiras profissionais por diversas práticas contrárias ao exercício da profissão.
Disse que, para reverter o quadro, tem promovido acções de formação sobre a humanização dos serviços de saúde, de modo que os profissionais melhorem a sua forma de actuação.