Quatrocentos e noventa casos de tuberculose foram registados, de Janeiro a Setembro do corrente ano, nos estabelecimentos prisionais do país, revelou, ontem, em Luanda, o director Nacional de Saúde do Serviço Penitenciário, Fernando Baião.
Em declarações à imprensa, a margem do encontro de consenso e validação do Plano Estratégico Nacional de Tuberculose 2023-2027”, o responsável realçou que a situação carcerária induz situações adversas a saúde, tornando as cadeias em lugares de grande propagação e multiplicação de doenças infecciosas. Sem precisar os dados de 2022, Fernando Baião considerou os casos de tuberculose dentro das cadeias como um problema de saúde pública.
Para si, uma unidade carcerária é um lugar onde as doenças contagiosas se multiplicam com maior prevalência, causando elevados números de casos, segundo a Angop. Salientou que, a princípio, as cadeias têm um sistema de ventilação para 20 pessoas, mas que, por falta de espaço, as mesmas tendem a albergar um maior número de pessoas.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afecta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. Angola tem 40 estabelecimentos penitenciários em funcionamento.