O uso excessivo de telemóvel tem graves consequências na saúde mental das pessoas, alertou esse domingo, no Luena, província do Moxico, a psicóloga clínica, Ilda Ukete.
Em declarações à ANGOP, a propósito do dia mundial do telefone que se assinalou ontem (10 de Março), disse que muitas pessoas, principalmente jovens e adolescentes, têm manifestado transtornos de dependência do telemóvel, na necessidade da busca permanente de informações.
Conforme a profissional, a dependência tem desenvolvido transtornos de ansiedade, em muitos casos, gerando depressão, problema de insónia e falta de concentração.
Em crianças, disse, o uso por largo tempo do telemóvel pode desenvolver transtorno de hiperactividade e défice de atenção, tornando-as inquietas e impulsivas, impedindo o seu desenvolvimento e crescimento físico.
“Quando a criança está conectada por muito tempo com o telemóvel, principalmente no período nocturno, momento reservado para o descanso e consequente libertação de hormônios, afecta o seu crescimento”, disse. Aconselhou a retirada do telemóvel no período nocturno em posse dos menores para evitar a perda de sono.
Por sua vez, o pedagogo Yuri Catchama destacou a importância dos “smartphones” no desenvolvimento da pesquisa e obtenção do conhecimento.
O também docente considera que o telemóvel é um importante meio no auxílio de trabalhos académicos, apelando aos pais e professores a fazerem acompanhamento permanente na selecção de conteúdos consumidos por adolescentes e crianças.
Já o economista Dinis Mussango incentivou a população a explorar as diversas vantagens que o telefone oferece, fundamentalmente na capitalização de iniciativas de negócios virtuais.
“O uso correcto do telemóvel pode proporcionar receitas às famílias, por via de exportação ou importação de produtos”, recordou.
O Dia do Telefone celebra-se em homenagem à primeira transmissão utilizando o aparelho patenteado pelo inventor escocês Alexander Graham Bell, a 10 de Março de 1876.