Foi a 25 de Janeiro de 2022 que o coordenador do projecto, engenheiro Chivanga Barros anunciou, à margem da assinatura de um memorando entre o Governo Provincial de Luanda (GPL) e o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (MCTA), que até Março de 2022, as obras de construção do equipamento de dessalinização da água do mar estariam concluída
Passado o período, a empreitada registou atrasos no cumprimento de prazos, uma vez que a estrutura de iniciativa do MCTA começou a operar, parcialmente, em princípio.
Entretanto, o processo ainda se encontra em curso, mantendo a projecção de uma capacidade de produção inicial de 150 litros de água potável, por dia.
Essa quantidade não era a ideal, e, por essa razão, a coordenação do projecto tinha o acesso ao produto barrado para os populares, tendo prometido que os mesmos seriam beneficiados mais tarde.
“As populações ainda não estão a fazer o uso do bem. Primeiro, o ministro [do Turismo e Ambiente] tem de visitar a unidade. Só ficamos com a parte técnica.
Assim que conseguirmos vencer esta, ele vai fazer uma visita com a governadora provincial de Luanda, e, até lá, temos de produzir, pelo menos, mil litros de água por dia”, constava da promessa da coordenação.
Feita a constatação do estado operacional da estrutura, Chivanga Barros disse que as autoridades competentes deveriam decidir a data de entrega do bem aos moradores da zona do Mussulo.
Na ocasião, o coordenador Chivanga Barros havia pontualizado que estava a faltar apenas o aumento da capacidade de produção, que começou com 20 litros, e, fruto de uns ajustes, tinha subido para 30, tendo-se daí partido para chegar aos 150l.
Esforços continuaram a ser empregues para que, dias depois, se alcançassem os níveis desejados, conforme se havia deixado expresso. “Fomos, no final de semana, ao Mussulo, para fazermos os ajustes. Estamos na fase de optimização de unidade.
Isso quer dizer que nós estamos a produzir água que foi caracterizada e tem a qualidade necessária. Mas, o que acontece é que a nossa taxa de produção ainda está baixa.
Estamos a produzir, em média, 150 litros por dia”, informou, na altura, Chivanga Barros.
Para aumentar a capacidade, Chivanga Barros assegurou que estavam a ser feitas modificações pontuais, no sentido de se estabelecerem medidas técnicas que iam responder às preocupações então vigentes no projecto.
O projecto, segundo o responsável, deveria ser entregue à comunidade, representada na pessoa da administração local, que faria a gestão do meio através da constituição de uma equipa que havia de definir os modos de distribuição.
Curiosamente, volvido ano e meio, as populações dos bairros Buraco, onde se instalou o referido equipamento, e Farol, do registo acentuado de suposta bilharziose, dizem que ainda não beneficiam da água dessalinizada, como se havia projectado.