Uma feira de produtos agrícolas, pesca artesanal e de gastronomia, visando incentivar e dinamizar a produção rural do município de Saurimo (antiga vila Henrique de Carvalho), marcou essa Segunda-feira a abertura das festividades das comemorações dos 67 anos da circunscrição.
No dia 28 do mês em curso, a cidade de Saurimo completa 67 anos desde que ascendeu a esta categoria, em 1956.
Entre os produtos expostos, segundo apurou a ANGOP, destacam-se os derivados de mandioca, batata-doce e rena, cana-de-açúcar, abacaxi, laranja, jinguba, milho, feijão, tilápia, hortaliças e tomate, produzidos por camponeses e empresários da cidade de Saurimo.
Estão, igualmente, expostos alguns animais e aves, carne seca e peixe fresco, além de obras literárias, discográficas e artesanais.
Na ocasião, o camponês André Upite disse que devido à grande produção de mandioca, na região, urge a necessidade dos empresários instalarem fábricas de farinha e moagens de maior capacidade, para a sua transformação.
O camponês mostrou-se satisfeito pela realização da feira, pois permitirá comercializar boa parte dos produtos que tem guardados, com destaque para a mandioca, mamão, limão, laranja e feijão macunde.
No acto de abertura, a administradora adjunta para a área Social e Económica do município de Saurimo, Francisca Manganda, considerou que o evento constitui um factor de aumento da renda familiar, através da venda de produtos e criação de parcerias comerciais.
“Com a realização deste evento, esperamos resolver algumas preocupações dos agricultores e empresários, no que toca à interacção com a banca, para aquisição de créditos e promoção da mecanização agrícola rumo à diversidade da economia sustentável”, disse.
Apelou aos vendedores e compradores a terem um ambiente de negócio sadio e interactivo, com vista a catalisar a economia nacional, em conformidade com os objectivos do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
Por outro lado, incentivou os agricultores no sentido de continuarem a trabalhar, diversificando as suas culturas, assegurando que a administração local vai continuar a envidar esforços no sentido de garantir apoio material e semente para dinamizar a actividade na região.
Saurimo, com mais de 530 mil habitantes, foi a capital da província da Lunda, dividida em duas (Lunda Norte e Lunda Sul), em 1978.
É limitado a Norte pelos municípios de Lucapa e Cambulo, a Este pela República Democrática do Congo, a Sul pelo município de Dala e a Oeste pelos municípios de Cacolo e Lubalo.
É constituído pelas comunas de Saurimo, Mona-Quimbundo e Sombo, por 140 aldeias, das quais 61 já unificadas, e 16 povoações.
Possui um subsolo rico em minérios, designadamente diamantes, manganês, ferro, tendo ainda um grande potencial de madeira.
A população, na sua maioria, é da etnia Côkwe, também é a língua nacional mais falada na circunscrição.
Até ao fim da administração portuguesa, o seu nome foi cidade Henrique de Carvalho, em homenagem a Henrique Augusto Dias de Carvalho, primeiro explorador da região da Lunda.