Os dados foram apresentados hoje, segundafeira, à ANGOP, pelo representante da Agência Nacional de Acção Contra Minas no Cuando Cubango, Marcial Cativa, que avançou que os campos clarificados correspondem a 67 milhões 492 mil e 756 metros quadrados.
Segundo o responsável, este trabalho foi desenvolvido nos municípios de Menongue, Cuito Cuanavale, Cuangar, Rivungo, Mavinga, Cuchi, Dirico, Nancova e Calai, onde foram identificadas 634 áreas, que correspondem a 83 milhões 524 mil e 918 metros quadas suas zonas de residências.
“O balanço do processo de desminagem no Cuando Cubango é, até ao momento, positivo, tendo em conta os resultados dos campos clarificados e que servem de produção dos produtos de campo e da segurança de circulação de pessoas e bens”, considerou o responsável.
Esclareceu que, só em 2023, através das brigadas do Centro Nacional de Desminagem (CND), The Halo Trust (britânica), da Engenharia Militar das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia de Guarda Fronteira, foram clarificados dois milhões, 475 mil e 965 metros quadrados e 75 quilómetros.
Foram igualmente desminados 3 mil e 723 minas anti-pessoais, mil 870 minas anti-tanque, mil 807 uxos e sete mil e 130 munições diversas, sendo que os municípios mais visados são Cuito Cuanavale e Menongue.
Já nos últimos três meses deste ano de 2024, fez saber o representante da ANAM no Cuando Cubango, foram já desminados 707 mil e 625 metros quadrados, em que foi possível a remoção de 554 minas antipessoais, 232 minas anti-tanque, 657 uxos e 576 munições de diversos calibres.
O Cuando Cubango, a segunda província do país, em termos territoriais, com 199.049 metros quadrados, depois do Moxico, com nove municípios, uma população estimada em mais de 700 mil habitantes, foi uma das regiões de Angola mais assolada pelo conflito armado, daí ser, igualmente, uma das minadas até ao momento.