Torres foi preso no último Sábado (14), acusado de actuação omissa diante da invasão às sedes dos Três Poderes.
A situação se agravou após a PF encontrar na casa do ex-secretário de Segurança Pública uma minuta para mudar o resultado das eleições presidenciais de 2022.
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e exministro da Justiça Anderson Torres desembarcou em Brasília, onde foi preso, no último Sábado (14), sem trazer consigo o telefone celular.
A informação foi noticiada pela TV Globo.
Segundo a emissora, Torres veio de Miami, na Flórida, para Brasília, para se entregar à Polícia Federal (PF), numa operação discreta e sem imagens.
Porém, segundo apurou a emissora, ele deixou o seu aparelho celular nos EUA.
Anderson Torres teve a prisão decretada no dia 10 de Janeiro.
O pedido de prisão foi feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), ao Supremo Tribunal Federal (STF), e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.
A AGU acusa Torres e outros agentes de segurança pública de terem uma actuação omissa no episódio da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, promovido no dia 8 de Janeiro, por bolsonaristas radicais.
A situação de Torres se agravou após uma busca realizada por agentes da PF na casa do ex-ministro.
Na operação, os agentes encontraram uma minuta que permitiria ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mudar o resultado das eleições presidenciais de 2022.
A investigação aponta que a minuta seria uma tentativa de golpe de Estado.
Torres diz, em sua defesa, que o documento “foi vazado fora do contexto”.
Na Quinta-feira (12), um dia após a minuta ser encontrada, ele publicou na sua conta no Twitter, uma postagem na qual afirmou que, no cargo que exercia, “recebia propostas dos mais diversos tipos”.