Uma equipa de efectivos da Polícia Nacional destacada no município de Cacongo, em Cabinda, impediram a saída, a partir do posto fronteiriço de Massábi, de uma quantidade considerável de material ferroso para a República do Congo Brazzaville
O referido material ferroso, apreendido pelas autoridades, estava acondicionado em 19 contentores de 20 e 40 pés, respectivamente, carregados em 12 camiões atrelados, revelou o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional em Cabinda, intendente Marcos Coxito. O oficial superior da Polícia esclareceu que o material foi apreendido em cumprimento ao Decreto Executivo Conjunto n.° 119/21, de 6 de Maio, entre os Ministérios da Indústria e Comércio e da Cultura e Turismo, que estabelece a quota de resíduos a ser transferido para o exterior do país para fins de reutilização, reciclagem e valorização.
De acordo com Marcos Coxito, a apreensão do material ocorreu junto ao posto de contenção sobre o rio Chiloango, em Lândana, quando os seus proprietários, através de uma operação de exportação duvidosa, pretendiam fazer chegar o produto ao porto de Ponta-Negra, no Congo Brazzaville. Os motoristas alegaram às autoridades policiais que o material era proveniente da República Democrática do Congo (RDC) e tinha como destino, através da província de Cabinda, a região de Ponta-Negra, capital económica do Congo Brazzaville.
“Diante dessa constatação, preferimos aferir essa informação a partir do posto fronteiriço do Yema de onde nos informamos que em nenhum momento os referidos camiões teriam cruzado aquele posto, embora os motoristas apresentassem documentos de como terão cumprido aí com os procedimentos aduaneiros”. Ainda de acordo com essa fonte da Polícia, os proprietários da mercadoria não estão legalmente licenciados para transferir para o exterior do país metal ferroso destinado à reutilização, reciclagem e valorização. Marcos Coxito garante que o trabalho investigativo vai continuar até esclarecer todos os detalhes sobre o assunto para ser remetido ao Ministério Público para procedimentos subsequentes.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda