De Janeiro a Junho do corrente ano foram registados 7.283 acidentes de viação, e, deste número, 1458 foram a óbito. Para reduzir o número de acidentes, a Polícia Nacional está a investir em equipamentos tecnológicos, como radares fixos e móveis, segundo Tomás Cucolo, da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária (DTSER)
O chefe de departamento de telecomunicações e tecnologia de informação, Tomás Cucolo, que foi convidado a falar do tema sobre Inovação Tecnológica ao Serviço da Segurança Rodoviária, na Feira de Inovação e Tecnológica (FITITEL 2023), disse que a Polícia Nacional está a fazer um grande investimento em equipamentos tecnológicos para travar o número de acidentes nas estradas no país.
Em termos de equipamentos tecnológicos, o nosso país possui alguns, mas ainda não são satisfatórios, segundo Tomás Cucolo, pelo que estão a ser feitos mais investimentos para a aquisição de bens e equipamentos de fiscalização rodoviária.
“Estamos a investir em radares fixos e móveis, que visam reduzir o índice de sinistralidade, porque, a partir do momento que o automobilista identifica um radar, tende a reduzir a velocidade. Já os radares móveis serão usados fora das localidades”, explicou.
A DTSER está a realizar um trabalho no Centro de Inspecção Periódica, por causa do mau estado dos veículos, que também influenciam na sinistralidade rodoviária.
O mau estado das vias, a falta de iluminação pública também contribuem para o aumento de acidentes rodoviários.
Tomás Cucolo avançou que no primeiro semestre de 2023 (de Janeiro a Junho), o país registou um total de 7.283 acidentes rodoviários, sendo que 1.458 resultaram em óbito e 8.926 provocaram ferimentos graves.
As causas da sinistralidade rodoviária são várias, daí a necessidade de se ter mais atenção, e não pensar apenas no condutor como o único culpado, pois, segundo o entrevistado, o peão muitas vezes também provoca acidente.
À propósito, apelou a uma maior educação rodoviária no combate à sinistralidade nas estradas, que deve partir da base. “A maior parte das pessoas apenas se preocupa quando começa a frequentar a escola de condução, isso aos 18 anos.
Se apostarmos na educação rodoviária, na base, futuramente teremos um país com poucos acidentes de viação e mais alerta para a sensibilização”, disse.
Por outro lado, apelou à participação dos cidadãos na consulta pública para a alteração do Código de Estrada, que acontece em todo o país.
O país registou 452 mortes em 2022
De ressaltar que, em 2022, o país registou 452 mortes e 2.445 feridos na sequência de um total de 2.183 acidentes de viação, de acordo com dados avançados Polícia Nacional, com a média diária de acidentes de 35, sete mortos e 36 feridos em todo o país.
Essas vítimas, na sua maioria, são jovens, com idades compreendidas entre 18 e 35 anos, é a idade produtiva do país.