O Comando Provincial da Polícia Nacional na Huíla procedeu, na madrugada de quinta- feira, à detenção de 13 cidadãos supostamente implicados na vandalização de uma cabine do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), instalada junto do antigo mercado do “João de Almeida”, no bairro com o mesmo nome, arredores da cidade do Lubango
A informação foi prestada ontem, à imprensa, no Lubango, pelo Comandante Provincial da Polícia Nacional na Huíla, comissário Divaldo Júlio Martins, durante a apresentação pública dos acusados.
De acordo com o comandante, para além dos 13 jovens detidos, existe ainda um outro grupo que também esteve envolvido no vandalismo da Cabine do CISP, que supostamente causaram danos avultados ao equipamento que servia para garantir a segurança pública ao referido bairro.
O comissário Divaldo Martins explicou que os acusados aprovei- taram o processo de desactivação do antigo mercado do João de Almeida, onde alguns vendedores persistiam em realizar as suas actividades comerciais, para praticarem tais actos. “
Ontem [quarta-feira] tivemos uma situação não muito agradável, não só a nível de segurança pública como também ao normal convívio social. Estávamos a fazer um trabalho devidamente orientado para a retirada dos vendedores do mercado do João de Almeida para o mercado do Rio Nagombe”, frisou.
Divaldo Martins disse que estava tudo a correr bem, os vendedores estavam a sair de forma espontânea, sem mostrar resistência até que um grupo de cidadãos insurgiu-se contra a Polícia, atacando não só bens da Polícia como também de privados.
Vandalização do Hospital
Olga Chaves Para além da vandalização da cabine do CISP, a acção deste grupo de jovens atingiu igualmente a vidraça do Hospital Municipal Olgas Chaves, localizado no mesmo perímetro. Segundo o comandante da Polícia Nacional Huíla, a detenção dos 13 cidadãos só foi possível graça as imagens captadas pelas câmaras da referida cabine, antes de ser derrubada.
O nosso interlocutor revelou que o acto dos vândalos não foi uma acção isolada, tendo aventado a hipótese de existir um mentor do sucedido que também destruiu uma motorizada. “Para além do vandalismo da cabine do CISP, o acto de vandalismo provocou ferimentos a muitos dos nossos agentes.
Pelos vídeos captados pelas câmaras do CISP, foi possível identificar estes indivíduos que vão ser apresentados ao Ministério Público para que sejam exemplarmente punidos”, frisou. Acrescentou de seguida que “há mais cidadãos, sobretudo, aqueles que estiveram directa e indirectamente envolvidos, vamos também identificar os mentores deste acto, porque algo aqui tem de ficar claro”.
Divaldo Martins disse que ninguém pode pôr em causa a segurança pública por emoções ou por questões subjectivas. “Aquilo que aconteceu é inadmissível e nós vamos agir de acordo ao mal causado”, alertou.
Transferência do mercado
O mercado do João de Almeida foi descativado em 2013, numa altura em que Francisco Leonardo Barros dirigia a Administração Municipal do Lubango. Os vendedores que exerciam as suas actividades foram, na ocasião, transferidos para um novo mercado construído na zona do Rio Nagombe.
A exiguidade de transportes públicos, que causou a fraca aderência dos clientes, fez com que estes vendedores abandonassem o referido mercado para criar um outro no anterior local, apesar de já terem sido construídas algumas infra-estruturas no local, com realce para o Hospital Municipal do Lubango Olga Chaves.
Este ano, a Administração Municipal do Lubango, liderada por Lizender André, decidiu dar um ultimato ao nicho de vendedores que ainda persistiam em vender no local. O comandante provincial da Polícia Nacional na Huíla garantiu, ontem, na cidade do Lubango, que este objectivo foi alcançado. “A transição estava a ser ordeira e pacífica, até que este grupo de cidadãos apareceu, neste momento o mercado está desactivado”, assegurou.
POR:João Katombela, na Huíla