Alguns encarregados de educação, em Benguela e em Luanda, manifestaram-se preocupados com a falta de vacinas contra a pólio e rotavírus, que os bebés têm de apanhar ao completar dois, quatro e seis meses de vida.
Em meio à aflição, houve pais que tivessem recorrido a clínicas, não importando o preço que pudessem vir a ser praticado, para ver se os bebés apanhassem as doses das vacinas de pólio e rotavírus.
No entanto, onde esperam ter alguma coisa, não foram bemsucedidos, porquanto muitas manifestaram, igualmente, incapacidade para atender aos pedidos.
Ontem, o jornal OPAÍS contactou a directora do Programa Avançado de Vacinação (PAV), Felismina Neto, que, em breves palavras, uma vez que prometeu dar um pronunciamento detalhado na próxima terça-feira, disse que “não há ruptura do stock de vacinas”.
A interlocutora pediu calma à população, pois a situação já foi resolvida e, para o caso particular da pólio, algumas províncias já começaram a campanha de vacinação massiva.
Todas as províncias realizarão esta campanha, e a cidade capital tem marcado o início para o dia 17 do corrente mês, neste caso, sexta-feira. De acordo com a responsável do PAV, já há vacinas disponíveis na cidade capital, que é sua área de jurisdição, pois os insumos quando chegam são distribuídos em todos os hospitais do país, nos distritos, comunas e municípios.
“Já temos vacinas contra a Poliomielite, BCG, febre-amarela, Hepatite B, Rotavírus entre outras”, disse, admitindo que os produtos essenciais para a imunização de várias doenças têm estado a chegar de forma faseada. Na semana passada, foi o da pólio oral, febreamarela e a rotavírus e, na segunda-feira, receberam a requisição do lote da vacina BCG.
Mais de cinco milhões de crianças serão imunizadas contra a pólio
Por outro lado, segundo a directora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, a campanha de vacinação a nível de Luanda terá duas fases, sendo a primeira de 17 a 19 de Maio, e a segunda de 28 a 30 de Junho, em todo o país.
Aconselha aos pais, no sentido de deixarem os vacinadores realizarem o trabalho sem constrangimentos, quando forem às residências, e levarem as crianças em idade de vacinação aos postos de vacinação.
Em declaração à imprensa, nesta terça-feira, 14, fez saber que a mesma pretende atingir um total de 5.549.140 crianças, dos zero aos quatro anos de idade, contra a poliomielite, no âmbito de uma Campanha Nacional de Imunização.
Helga Freitas referiu que o lançamento da campanha será na sextafeira, às 9 horas, na comuna de Calumbo, município de Viana. “A estratégia de vacinação vai ser de casa em casa e nos postos habituais, como centros de saúde, escolas, creches e mercados.
A campanha vai ser realizada para prevenir e dar resposta à ocorrência de um caso de poliomielite em Angola, importado de países vizinhos”, esclareceu. Para a fonte, a erradicação da pólio é um compromisso global e do país, para proteger a saúde das crianças e manter o país livre desta enfermidade.