Em entrevista exclusiva ao OPAÍS, o director do gabinete do presidente da mais nova força política em Angola, Higino Cambanda, que falava em nome da Comissão Coordenativa, disse que, depois da anotação pelo Tribunal Constitucional, o PL vai rejuvenescer a sociedade política angolana.
Higino Cambanda afirmou que, actualmente, a sociedade política angolana mostra-se cada vez mais envelhecida, dominada por movimentos de libertação e partidos criados por dissidentes de partidos tradicionais, que ainda não responde aos anseios dos angolanos, sobretudo da mais recente geração.
“A criação do PL partiu da constatação de vermos em Angola uma sociedade política envelhecida, dominada pelos movimentos de libertação e por partidos de dissidentes dos movimentos de libertação, sendo que entre estes existe uma rivalidade histórica e uma antinomia de simpatias, onde MPLA e UNITA rivalizam.
O PL vem como uma terceira via necessária, sem conotação histórica com nenhum partido tradicional”, justificou. Por esta razão, avançou, houve a necessidade de criar uma organização política que seja capaz de reunir todas as forças políticas, sem os revanchismos do passado, onde os cidadãos, sobretudo os jovens, possam encontrar um espaço para o debate da situação social, económica e política do país, que leva à satisfação das necessidades pessoais.
Higino Cambanda disse que o seu partido, apesar de ser anotado muito recentemente pelo Tribunal Constitucional, já dispõe de representações em todo o território nacional. “O PL tem consciência de que o poder político em Angola é dominado pelos partidos tradicionais, e entende que tem um caminho árduo pela frente para poder se implantar, mas após a legalização, o partido notou um vazio de representação efectiva da juventude, e uma sede massiva dos jovens para se fazerem ouvir, contamos com esta bravura da juventude a fim de se protagonizar a tão desejada mudança. Por isso, o nosso partido está aberto e conta com todos os jovens dentro e fora do país, neste momento”, salientou.
Congresso em novembro
Depois da anotação pelo TC, o PL tem vindo a trabalhar na sua estruturação, com a criação dos órgãos directivos, desde os níveis superiores, médios e intermédios em todo o país. Para o efeito, Higino Cambanda, a mais nova organização política de Angola, tem a previsão de realizar o seu primeiro congresso já em Novembro do ano em curso. “Em bom rigor, a direcção dos órgãos representativos do PL nascerá no nosso congresso constitutivo marcado para Novembro.
Todavia, no âmbito da gestão política e administrativa, temos uma coordenação liderada por Luís de Castro, e um gabinete de apoio com representações provinciais de líderes nomeados após a anotação do nosso pedido de inscrição no TC”, revelou.
Segundo disse, neste processo, a primazia será dada sobretudo aos mais jovens, desde que demonstrem competência para a assumpção de cargos directivos no partido e acima de tudo comprometimento com a pátria e com a necessidade das mudanças que se pretende operar em todos os sentidos da vi- da social.
“O Partido Liberal, tem consciência de que o poder político em Angola é dominado pelos partidos tradicionais, e entende que tem um caminho árduo pela frente para poder se implantar, mas após a legalização, o partido notou um vazio de representação efectiva da juventude, e uma sede massiva dos jovens para se fazerem ouvir, contamos com esta bravura da juventude a fim de se protagonizar a tão desejada mudança”, perspectivou.
POR: João Katombela, na Huíla