Como possível suspeita de crime está a mulher da vítima, que terá colocado veneno no alimento por si confeccionado. Tanto o marido, de 34 anos, quanto o enteado, de 3 anos, tiveram morte imediata
Por: Romão Brandão
O facto aconteceu no município de Viana, bairro Kapalanga. As vítimas, Guilherme Dias da Graça, de 34 anos (pai) e Álvaro Figueiredo da Graça, de 3 anos (filho), terão ingerido alguma comida envenenada, supostamente dada pela mulher, Romalda Dias dos Santos.
Maria Arlete, mãe (e avó) da vítima, foi a primeira família das vítimas a chegar ao local do sucedido, e conta que a nora não queria abrir a porta, mas depois alguém saltou o muro, abriu, e viu o filho e o neto inconscientes.
O primeiro, sentado na cadeia e o segundo deitado no chão. Antes de Maria Arlete ter-se deslocado à casa do filho, para saber o que se passava, recebeu a ligação por telefone, duma das cunhadas, a pedido da nora, dizendo que estavam com problemas. “Senti algo estranho no coração e liguei para o Guilherme e quem atendeu foi a esposa. Esta disse que tinha problemas, porque o marido caiu e já estava frio.
Deduzi logo que estava morto”, conta. Encontrou ainda vómitos no chão do quarto, com cheiro a medicamento forte e da boca do menino, sem roupa, saía espuma. A família e todas as outras pessoas que estiveram no local desconfiam que seja veneno.
A polícia levou toda a comida feita e que os mesmos terão comido, para as devidas análises laboratoriais. Romalda esteve detida um dia, foi ouvida pela polícia que investiga o caso, mas foi posta em liberdade até que se encontre novos elementos que provem a sua autoria nas duas mortes.
“A polícia disse que não pode fazer nada sem que existam provas contra ela. Estamos à espera imediatado resultado da autópsia, que foi feita hoje (Quarta-feira, 21)”, sublinhou Maria. A sogra tentou arrancar alguma resposta da nora sob o que terá acontecido com o seu marido e enteado, mas esta nada disse, até ao momento.
O casal está junto há dez anos e sempre houve desentendimento, tendo alguns dos quais resultado em curta separação. A jovem ia e, depois de um tempo, regressava da casa dos pais. Na relação dos dois, fizeram apenas um filho (de 1 ano de idade), e Guilherme tinha dois filhos doutra relação, um de 10 anos e outro de 3 anos de idade (vítima).
Crime parece ter sido premeditado
A desconfiança da família das vítimas é de que o crime terá sido premeditado, pois a jovem acusada não se deu, sequer, ao trabalho de buscar ajuda dos vizinhos, quando o marido e o enteado estavam a desfalecer.
Os vizinhos dizem não terem ouvido gritos, nem pedido de socorro. Aventa-se ainda a possibilidade de a jovem ter pensado apenas em matar o enteado e não o marido, pois a família também encontrou vestígios de ovo (cru) que supostamente, Romalda tentou administrar ao marido, na esperança de que vomitaria o alimento envenenado.
O marido provou a comida envenenada, antes de ir dormir, pois foi encontrado com roupa interior, sentado à mesa da sala e com uma toalha de banho, que supostamente terá sido amarrada pela esposa