Uma criança de 12 anos está a ser acusada pelo próprio pai de ser feiticeira, porque o progenitor acredita que o menor tem o poder de voar à noite e subtrair o dinheiro em casa. O caso, que foi registado no município de Viana, consta do balanço do SOS- Criança, o disque denúncia do Instituto Nacional de Criança
A província de Luanda tem sido a região do país que mais número de violência contra a criança regista, e, na última semana, não foi diferente, com 56 denúncias de violência contra a criança sob a sua alçada. Daquele número de denúncias, têm destaques dois casos de acusação de feitiçaria, um de abuso sexual, igual número de agressão física contra criança, desaparecimento de três crianças na praia Amélia e abandono de recém-nascido, cada com um caso. As acusações de práticas de feitiçaria ocorreram nos municípios de Viana e Luanda, sendo vítimas duas crianças.
O primeiro caso é de uma criança de 12 anos de idade, do sexo masculino, acusado pelo pai de voar às noites e sub- trair o dinheiro em casa. Segundo a porta-voz do INAC, Rosalina Domingos, o caso foi encaminhado para a direcção municipal da Acção Social. O segundo caso, que também foi encaminhado ao referido órgão, é de uma menor de seis anos de idade, acusada constantemente de prática de feitiçaria pela tia, de 34 anos de idade.
O abuso sexual fez vítima, uma criança de sete anos de idade, acto praticado pelo padrasto, que foi flagrado pela esposa (mãe da vítima) a introduzir os dedos nos órgãos genitais da enteada. Na província do Bié, duas vítimas foram abusadas sexualmente, sendo uma de sete e outra de 12 anos. O mais grave é a menina de sete anos que foi violada pelo seu vizinho, de 30 anos de idade, que se aproveitou da ingenuidade da vítima para consumar o acto.
O agressor já está detido e a vítima a ser acompanhada pelos serviços sociais. Para finalizar, um professor está foragido, no município de Amboim, província do Cuanza Sul, porque se presume que tenha abusado sexualmente e agredido fisicamente uma menor de 12 anos de idade. A Polícia e o gabinete municipal da Acção Social acompanham o caso.