O cidadão Sebastião Dala, de 55 anos de idade, que pediu ajuda nas redes sociais para ser submetido a uma cirurgia à hérnia inguinal, foi operado, essa Terça-feira, com sucesso no Hospital Josina Machel, em Luanda.
De acordo com a cirurgiã-geral Victorina Vieira, que liderou a equipa cirúrgica, composta por três mulheres, o paciente internou, na passada Quinta-feira, com a doença em estado avançado, tendo o procedimento operatório ocorrido sem sobressaltos.
Em declarações à ANGOP explicou que a doença evolui de forma lenta e, no caso concreto, sem acompanhamento médico durante cinco anos, resultou no aumento exagerado da hérnia que lhe impedia de “fazer sexo e mover-se adequadamente”.
“Mas graças a Deus, tudo correu bem, o paciente está estável e pensamos que até à próxima semana, receberá alta médica, mas continuará a ser seguido em consulta de ambulatório durante dois a três meses”, salientou.
Questionada se o paciente terá de ser acompanhado por urologistas, disse que a hérnia inguinal não tem ligação com problemas urológicos e, em regra, não causa impotência sexual.
A patologia, sublinhou, acontece quando há passagem do conteúdo abdominal através de um orifício na parede do abdómen, na região da virilha, onde fica o canal inguinal.
Prosseguiu que o principal sintoma é o surgimento de uma protuberância na região da virilha, apresentando dor, principalmente quando se faz algum esforço físico.
Segundo Vitorina Vieira, as hérnias inguinais são mais frequentes no sexo masculino e têm como factores de risco, esforço físico, consumo de tabaco, predisposição genética, tosse crónica e doenças pulmonares crónica obstrutiva.
Casos
Para a especialista é comum aparecerem, no Josina Machel, casos de hérnia, sendo que mensalmente são diagnosticados 50 a 60 casos, e destes, em regra, “10 são hérnias gigantes”.
Sobre o número de cirurgias, Victorina Vieira informou que, em média, são realizadas cerca de 100 a 120 cirurgias em pacientes com hérnias inguinais.
Paciente Sebastião Dala agradeceu a pronta ajuda do Ministério da Saúde que tão logo teve contacto com o vídeo, posto a circular nas redes sociais, ordenou a direcção do Hospital Josina Machel a contactar o paciente e dar o devido tratamento.
“Eu fui muito bem tratado, estou curado, fico feliz em saber que dentro de dois meses voltarei a ter a minha vida normal sem qualquer constrangimento”, realçou.