A ordem dos Médicos de Angola está, desde ontem, na cidade do Lubango, província da Huíla, a realizar uma série de actividades, e, de entre os vários temas, aborda a questão do risco clínico e segurança de pacientes e profissionais
Com duração de dois dias, o certame junta na cidade do Cristo-Rei médicos das províncias do Namibe, Cunene, Benguela e Huíla, cujo objectivo é refrescar os médicos desta região do país em diversas matérias ligadas ao melhoramento do Sistema Nacional de Saúde.
Entre os temas que vão ser abordados, até amanhã, sublinha-se a dimensão da saúde e longevidade; rede de serviços do Serviço Nacional de Saúde, articulação, complementaridade e importância da integração de cuidados na referência e contra-referência; modelos organizacionais e reforma interna dos hospitais; gestão da qualidade, comunicação e cultura de segurança em saúde.
A par deste tema, as actividades de comemoração do Dia Nacional do Médico, que vai hoje no seu segundo dia, contempla os temas ligados ao segredo médico e suas limitações, bem como a humanização das organizações de saúde e complicações anestésicas.
Em representação da bastonária da referida Ordem, José Cunha, do Colégio de Especialidade de Administração Hospitalar, reconheceu a importância da formação contínua dos médicos, de forma a se garantir uma melhor assistência médica e medicamentosa, no âmbito dos objectivos traçados pelo Serviço de Nacional de Saúde.
“Na prática, estamos ainda longe de atingirmos, mas a epidemiologia poderá ser um instrumento fundamental para vencer este desafio, moderando a demanda nas instituições de saúde a todos os níveis.
Tudo o que aqui descrevemos deverá ter uma participação for-te dos médicos angolanos”, disse. No seu entender, estes desideratos só poderão ser alcançados caso haja qualidade de recursos humanos, das instalações, de equipamentos, de medicamentos, dos consumíveis, bem como qualidade na manutenção e gestão. “Estas jornadas têm também a finalidade de melhorar a qualidade do Serviço Nacional de Saúde, e não só, já que a pertinência dos painéis é prova disso, como por exemplo a diplomacia e cooperação em saúde como fomento ao reforço e resiliência dos Sistemas de Saúde da CPLP, um assunto de suma importância”, sublinhou.
Formar para seguir os padrões internacionais
Por seu turno, a vice-governadora para o Sector Político, Económico e Social da Huíla, Maria Tchipalavela, que falava em representação do governador, disse que a saúde constitui um bem maior consagrado constitucionalmente, que só poderá ser uma realidade com o desempenho profissional de todos os médicos. “São os médicos que diariamente desempenham um papel crucial na promoção da saúde, na prevenção das doenças e no cuida- do com os pacientes. Esta formação vai melhorar a qualidade dos nossos serviços.
Hoje, cada vez mais precisamos da investigação, que se torna numa oportunidade de construirmos modelos ou for- mas de intervenção que cumprem os padrões internacionais. Entretanto, não devemos esquecer-nos dos contextos e sistemas culturais das nossas comunidades”, recomendou. Por outro lado, a governante exortou aos médicos participantes a prestarem uma maior atenção à saúde preventiva, envolvendo toda a comunidade, de forma a promover a saúde comunitária no seio das populações.
POR: João Katombela, na Huíla