As obras do parque solar fotovoltaico do município do Bailundo, província do Huambo, cuja primeira pedra foi colocada, ontem, geraram 100 postos de trabalho directo, sobretudo, para jovens residentes na localidade
A cerimónia, apesar de a empreitada ter iniciado em Julho último, foi orientada pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, acompanhado pela governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, com o objectivo de produzir, depois de concluída em Março de 2025, energia limpa, barata e inclusa.
A empreitada, inserida no projecto de electrificação da província do Huambo, terá uma capacidade de 7,992 MegaWatts de energia limpa, com a instalação de 208 seguidores e 15 mil 600 painéis solares, a ser executada pelos mais de 100 trabalhadores, segundo a Angop.
A obra, segundo as autoridades do Bailundo, constitui uma maisvalia, tendo em conta o número de empregos criados e, consequentemente, o aumento da renda das famílias.
Na ocasião, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, referiu que a construção do parque solar fotovoltaico do município do Bailundo, com mais de 7 megawatts de energia limpa, alinha com a política do Executivo, liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, voltado para a redução das emissões e eliminação da produção de energia térmica.
O governante disse que o empreendimento representa uma grande contribuição para a redução das emissões globais, numa altura em que 40 por cento da produção de energia tem o suporte das fontes térmicas, sobretudo, nas sedes comunais e municipais de grande parte do país, incluindo em algumas capitais provinciais do Sul e do Leste que, ainda, não estão interligadas à rede nacional.
Explicou que a estratégia passa por desenvolver projectos para eliminar as fontes poluentes, pois embora o Bailundo não tenha, actualmente, nenhuma fonte térmica a funcionar, sobretudo, na vila municipal, a construção do parque solar fotovoltaico vai adicionar à capacidade da rede eléctrica e, com isto, ajudar a compensar o gasto na produção de energia do Aproveitamento Hidroeléctrico do Gove.
Segundo o ministro, o Aproveitamento Hidroeléctrico do Gove acumula água e durante o dia a produção fotovoltaica vai ajudar a fornecer energia eléctrica para o Bailundo e, ao mesmo tempo, a preservar o reservatório do Gove, pois é fundamental que se tenha nos vários pontos ligados à rede alguma produção local para estabilizar o sistema e evitar perturbações.
Huambo na era da inovação energética Por sua vez, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, afirmou que a construção do parque solar fotovoltaico reafirma o compromisso inabalável do Governo angolano com o crescimento e desenvolvimento sustentável.
Considerou que o progresso em direcção a fontes de energia limpa e renováveis reflecte o empenho em melhorar o bem-estar social e promover um futuro mais promissor para todos.