O núncio apostólico em Angola, Giovanni Gaspari, apresentou, ontem, segunda-feira, em Luanda, ao ministro das Relações Exteriores, Teté António, cumprimentos de despedida, três anos e meio depois de ter sido nomeado nesta função
Na ocasião, de acordo com uma nota de imprensa, o representante do Papa Francisco manifestou apreço por todo o apoio diplomático que teve durante a permanência no país.
Giovanni Gaspari falou das excelentes relações de cooperação mantidas com o Estado angolano, sobretudo ligadas a “iniciativas humanitárias, diálogo inter-religioso, promoção da paz e da justiça social”.
Disse ter sido uma missão marcante e satisfatória, estando a sair de Angola com o sentimento de dever cumprido.
Uma das suas maiores conquistas, revelou, enquanto núncio apostólico em Angola, foi ter testemunhado a elevação de um prelado católico angolano ao mais alto grau da Igreja Católica, em cerimónia realizada na província do Cunene.
Por outro lado, manifestou o desejo de ver o Papa Francisco nas celebrações do 50.° aniversário da Independência Nacional de Angola, em Novembro de 2024.
Por seu turno, o ministro Teté António expressou o reconhecimento pelos notáveis esforços e contribuições do núncio apostólico durante a sua missão em Angola e São Tomé e Príncipe.
Nascido em 1963, dom Giovanni Gaspari, natural de Abruzzo (Itália), é sacerdote desde 1987. Formou-se em Direito Canónico e obteve uma licenciatura em Teologia Moral.
Ingressou para o serviço diplomático da Santa Sé em 2001 e serviu missões diplomáticas pontifícias no Irão, Albânia, México, Lituânia e, em seguida, trabalhou durante um período na Secretaria de Estado, na Secção para as Relações com os Estados.
Em Setembro de 2020, o Papa Francisco enviou-o como núncio para Angola e São Tomé e Príncipe, elevando-o à dignidade de arcebispo.
Depois de Angola e São Tomé e Príncipe, foi recentemente nomeado para o mesmo cargo na Coreia e na Mongólia, em substituição de dom Alfred Xuereb.