Nove crianças, com idades entre 1 e 12 anos, deram entrada, sábado, na unidade de cuidados intensivos do Hospital Geral Heróis do Kifangondo, no Distrito Urbano do Sequele, no município de Cacuaco, após ingestão de bebida alcoólica de fabrico caseiro vulgo “Capassarinho”.
Este facto foi revelado ontem, à imprensa, pela ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, que se deslocou a propósito à referida unidade sanitária para fazer o acompanhamento do caso.
A governante disse que as crianças ingeriram a bebida adulterada (sumo de mucua misturado com bebidas alcoólicas) durante um convívio familiar no bairro Tandi 2, em Cacuaco, segundo a Angop.
Das nove crianças, a ministra Silvia Lutucuta explicou que cinco já tiveram alta e quatro ainda continuam sob cuidados médicos, duas das quais com alguma preocupação.
Segundo a ministra, esta bebida psicotrópica é muito forte e pode levar à morte. Sublinhou que amostras de “capassarinho” foram levadas para o laboratório do Serviço de Investigação Criminal (SIC) para apurar o nível de toxidade.
Por outro lado, o psiquiatra Jaime Sampaio, especialista para a área de dependência química, informou que a ingestão da aludida bebida provoca consequências “drásticas”, causando alterações neuropsiquiátrico, com agitações, deixando os consumidores agressivos, podendo provocar falência dos órgãos.