Uma missa de corpo presente para homenagear o nacionalista angolano Rui Mingas, falecido a 1 deste mês, na capital lusa, foi realizada esta terça-feira, na Basílica da Estrela, em Lisboa
Durante a missa, que contou com a presença de familiares, amigos e várias entidades, entre as quais a embaixadora de Angola em Portugal, Maria de Jesus Ferreira, foi enaltecida a figura de Rui Mingas pelo contributo para o alcance da independência nacional. Numa mensagem lida em nome da família, foi destacado o legado de Rui Mingas para as futuras gerações.
Na mensagem, a família afirma que Rui Mingas foi uma pessoa bastante humanista e que gostava de partilhar as suas experiências com os mais próximos. Por sua vez, o arquitecto José Santos disse ter trabalhado com Rui Mingas em alguns projectos para Angola virados para a área do desporto, de quem obteve muita experiência e conheci- mentos sobre o país. “Rui Mingas parte, mas deixa a sua marca pelo mundo, vamos recordá-lo como alguém que fez muito pelo seu País”, referiu.
O arquitecto Trofa Real realçou que Angola perde uma grande figura que trabalhou em prol da paz e justiça social dos angolanos. Natural de Luanda, Rui Mingas, autor do Hino Nacional, foi também praticante de atletismo nas décadas de 1950 e 1960, tendo competido no salto em altura e nos 110 metros barreiras, conquistando um recorde nacional de Portugal, em 1960. É um dos autores da canção “Meninos do Huambo”.
Em 1979, Rui Mingas assumiu a condução, durante 10 anos, com a categoria de ministro, da Secretaria de Estado para a Educação Física e Desportos (SEEFD), sendo o grande responsável por um período do desenvolvimento do desporto em Angola, bem como embaixador de Angola em Portugal. Poeta, cantor e compositor, venceu, em 2014, um prémio atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores. Em Portugal, foi também distinguido com o prémio Personalidade Lusófona, entregue pelo Movimento Inter- nacional Lusófono, em 2016.